Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, espera manter Neymar, Paulo Henrique, André e as demais estrelas do time - que ele diz valer mais de 100 milhões de euros (cerca de R$ 273 milhões) - por um longo prazo. O dirigente reforça que o projeto de sua administração não é vender jogadores. Para ele, o clube ganha mais mantendo-os do que negociando-os rapidamente.
O presidente santista usa uma metáfora para se justificar. "Se você plantar café, não adianta usar o melhor adubo do mundo, vai demorar três anos para poder colher. Esse é o ciclo que acreditamos ser o ideal para os jogadores do Santos", disse, em entrevista à rádio Eldorado/ESPN nesta sexta-feira.
Isso não significa que os jogadores serão inegociáveis neste período. "Se o interessado pagar a multa contratual e o jogador quiser sair, não temos o que fazer". O caso mais chamativo atualmente é o de Neymar, que já despertou o interesse de times europeus. "Não temos nenhuma oferta na mesa, e, mesmo se tivesse, o que vale: se o jogador não quer, nós não queremos. Tiramos isso de letra como o gol do Robinho contra o São Paulo [na primeira fase do Paulistão]", reforça.
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Os cerca de 100 milhões euros que o grupo de jogadores vale atualmente é a soma de todas as multas contratuais. Um total variável, já que tudo é negociável - as multas podem diminuir, assim como a oferta aumentar, reforça Ribeiro. "Eu acho que o Santos não tem preço [risos]. Mas o preço de jogador cada um coloca o que quiser".
O atual presidente santista discorda do ponto de vista do seu antecessor, Marcelo Teixeira, que acha necessário vender alguém como Neymar para pagar dívidas e colocar tudo em ordem. "Uma outra maneira de pagar dívidas é ganhar na loteria. Queremos manter todos, queremos que criem identidade. O futebol precisa disso."