O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) encaminhou nesta quinta-feira (14) ofícios para diversas instituições, pedindo a apuração de responsabilidade pelos atos violentos ocorridos antes e depois do jogo de ontem entre o Flamengo e o clube Independiente, da Argentina, pela Copa Sul-americana, no Maracanã. O confronto envolveu torcedores rubro-negros.
O Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST) do MPRJ quer informações ainda sobre os tumultos ocorridos, na quarta-feira (13), no entorno do Hotel Hilton, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde o time argentino estava concentrado. O órgão encaminhou DVDs com imagens que classifica de práticas criminosas.
As gravações das imagens de dentro e de fora do estádio foram encaminhadas à Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e Contribuinte, do MPRJ, à 18ª Delegacia de Polícia do bairro do Maracanã, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Já as gravações referentes ao Hotel Hilton foram para a 16ª DP, da Barra da Tijuca.
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Nos documentos em que pede a instauração de inquéritos policiais, o MPRJ indica que "é necessária uma investigação profunda acerca dos fatos ocorridos para identificar e a punição dos criminosos que se travestem de torcedores para espalhar o caos, o medo e a desordem no seio social, de modo a restabelecer a paz pela qual nossa sociedade tanto anseia".
O Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do MPRJ pede à CBF, ao STJD e à Conmebol, a adoção de providências enérgicas e efetivas para identificar os responsáveis diretos e indiretos pelos "atos deploráveis e odiosos", visando sua punição nos âmbitos desportivo e administrativo como forma de prevenção à violência nos estádios.
O Clube de Regatas do Flamengo disse à Agência Brasil que ainda hoje divulgará uma nota com informações da avaliação sobre os episódios violentos que envolveram torcedores rubro-negros e sobre a possibilidade de punição da Conmembol.