A corrida que dá a largada para o Mundial de Pilotos e Construtores, neste sábado à meia-noite, com transmissão ao vivo pela Rede Globo, envolve, na realidade, muito mais que a simples disputa esportiva entre as dez equipes da competição.
Está em jogo, por exemplo, o futuro de alguns times. ''Trabalhamos duro, investimos muito, nós da Renault e outras escuderias precisamos participar da festa das vitórias, caso contrário não faz muito sentido permanecermos na Fórmula 1'', disse ontem Flavio Briatore, diretor da empresa francesa.
Há quase que uma tomada de posição oficial por parte dos adversários da Ferrari contra a própria equipe italiana. Michael Schumacher é campeão desde 2000 e a Ferrari, 1999. Nesse espaço, ninguém ganhou nada.
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A Ferrari é a organização mais eficiente, Schumacher, o piloto mais completo, e o orçamento a disposição da empresa é o melhor da Fórmula 1. Resultado: só dá Ferrari-Schumacher. É para combater esse estado de coisas que Max Mosley, presidente da FIA, mudou radicalmente o regulamento, embora usasse o argumento de ''rever a segurança.''
Neste sábado à noite, depois de 58 voltas, ficará um pouco mais claro se o objetivo da FIA será alcançado ao longo do ano, ou seja, se será um pouco mais difícil para a Ferrari conquistar outro título.
Nunca a Fórmula 1 correu com seus pilotos proibidos de substituir os pneus durante as corridas, como agora. Também jamais se exigiu que os motores resistissem a dois GPs, a exemplo deste ano também. ''Esta primeira prova representará a oportunidade de compreender o que, de fato, é mais ou menos importante para o novo regulamento'', disse Ross Brawn, diretor-técnico da Ferrari.