Às vésperas de nova visita ao Brasil, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez novo alerta às cidades-sede da Copa do Mundo. Desta vez, o dirigente não se restringiu às sedes que apresentam atrasos na entrega dos estádios e fez uma cobrança geral a todas as cidades envolvidas no Mundial.
"Nenhuma das 12 cidades pode se dar ao luxo de pisar no freio e relaxar - ainda há muitos ajustes por fazer", declarou Valcke, em sua coluna mensal no site da Fifa. "Os gramados, em particular, devem estar em excelentes condições quando a Fifa assumir os estádios 21 dias antes da primeira partida no respectivo local".
"Esse ponto é fundamental, porque todos nós queremos ver os jogadores exibindo seu melhor futebol e, para isso, é preciso que os campos apresentem as melhores condições possíveis ao longo dos 64 jogos", disse o secretário-geral, ao repetir preocupação já escancarada desde o ano passado.
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Depois da Copa das Confederações, Valcke e o presidente Joseph Blatter haviam alertado para o estado do gramado de alguns estádios, como o do Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha, desgastado por causa da sequência de jogos mandados por Flamengo e Vasco na nova arena durante o segundo semestre do Brasileirão.
Valcke também se mostrou preocupado com a segurança no Brasil. O tema voltou à tona em razão das seguidas manifestações nas capitais que vão receber jogos da Copa. Na semana passada, um rojão atirado por um manifestante durante protesto no Rio acertou e matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes.
"Em nenhuma sede, bem como em nenhum momento, a segurança está ou estará comprometida. Essa é definitivamente a nossa maior prioridade", declarou o secretário-geral, ao garantir a segurança durante a disputa da Copa. "Nós, organizadores, devemos garantir as melhores condições para que torcedores e seleções vivenciem uma competição inesquecível no "país do futebol."
O dirigente confirmou ainda que a decisão sobre a Arena da Baixada, em Curitiba, será anunciada no dia 18, durante o Seminário da Copa, em Florianópolis. "Estamos monitorando de perto o andamento das obras em Curitiba a fim de avaliar a situação da sede", disse. Estádio mais atrasado do Mundial, a Arena corre o risco de ser excluída do evento.
"O governo brasileiro, as autoridades municipais e estaduais, a Fifa e o COL estão buscando soluções para ajudar a sede a recuperar o atraso e, como esperamos, garantir que uma cidade tão especial em termos de sustentabilidade e paixão pelo futebol continue a fazer parte da Copa do Mundo da Fifa", disse Valcke.