O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, convocou entrevista coletiva nesta segunda-feira para avisar que Alan Kardec não joga mais pelo clube. O dirigente fez duras críticas à diretoria do São Paulo que, para ele, foi antiética ao abrir negociações com o centroavante enquanto ele ainda tinha contrato com o clube alviverde.
"No sábado, fui comunicado pelo seu pai (de Alan Kardec) que não havia hipótese alguma de continuar no Palmeiras porque ele já estava apalavrado com o São Paulo, desde a semana passada já estava certo. Diante disso, perguntei se não havia a possibilidade de o Palmeiras ter acesso à proposta para estudar a possibilidade. Mas ele me disse que já havia dado a palavra ao São Paulo e não voltaria atrás", explicou Paulo Nobre.
O dirigente, assim, negou a versão de que o São Paulo só entrou na negociação depois de que se esgotaram todas as possibilidades de diálogo entre Palmeiras e Alan Kardec. "Ele não continua no Palmeiras porque não quer. Não mediríamos esforços para manter o jogador no clube", garantiu.
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Os direitos federativos de Alan Kardec pertencem ao Benfica, que o emprestou ao Palmeiras até o fim de maio. O clube alviverde chegou a um acordo com os portugueses para a compra do atacante, mas as negociações travaram quando passou-se a discutir o salário que Kardec receberia. Foi aí que o São Paulo entrou na jogada, fazendo uma oferta ao Benfica.
Paulo Nobre teria tentado barganhar mais R$ 20 mil depois de o pai de Kardec (que tem o mesmo nome que ele) e o diretor executivo José Carlos Brunoro chegaram a um acordo salarial. "Minha obrigação é com a responsabilidade financeira do clube. Participo indiretamente ou diretamente de todas as negociações e defendo cada real do clube. Se hoje passamos por momento difícil, é porque outras administrações deixaram o clube assim."
Na avaliação do Palmeiras, o insucesso da negociação com Alan Kardec está diretamente relacionada à ação da nova diretoria do São Paulo. "O Palmeiras tentou de tudo quanto é maneira. A negociação ainda tinha 30 dias, até o fim de maio, e estava muito perto do final. Mas um time (o São Paulo) entrou na negociação de forma totalmente antiética. O Alan Kardec era titular do clube com uma negociação em curso. Entrou um time com a negociação e o staff do jogador achou por bem aceitar."