Depois de receber cerca de 15 torcedores de diferentes uniformizadas do Corinthians, nesta quinta-feira, a diretoria deu as caras no CT Joaquim Grava para falar da reunião e do momento que a equipe vive neste Brasileirão (são cinco jogos sem vitórias). Para Roberto de Andrade, diretor de futebol alvinegro, o encontro com as organizadas foi apenas um meio de explicar o que anda acontecendo dentro de campo.
Ao lado de Duílio Monteiro Alves, diretor adjunto, Andrade afirmou que este tipo de diálogo é válido justamente para não existir nenhum tipo de violência. Ele ainda revelou que, após falar com os torcedores, cinco jogadores também participaram do bate-papo: Ralf, Danilo, Douglas, Paulo André e Alessandro.
- Recebemos um grupo aqui no CT. Eles estavam querendo entender o que está acontecendo. Foram recebidos pela diretoria e batemos um papo. Foi tranquilo e mostramos para eles que não tem um problema detectado para a falta de resultados. Depois da conversa conosco, sentaram com cinco atletas. Mostraram que não é algo pontual, falamos do baixo rendimento. Eles só queriam saber porque estamos indo tão mal. Caímos muito desde o jogo contra o Flamengo. Temos de buscar de novo aquele nosso ritmo. Tudo bem que perdemos atletas, mas é a camisa do Corinthians, temos de passar a ganhar os jogos - afirmou.
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Questionado se o fato de liberar a entrada de torcidas organizadas no local de treinamento dos jogadores é um retrocesso para o clube, Roberto de Andrade voltou a argumentar os motivos para tal decisão.
- Torcedor faz parte do futebol. Conversar não tem nada de mais. Isso é pessoal de cada um, não sou contra. Às vezes fico chateado com reportagens, mas nem por isso deixo de dar entrevistas. Não somos a favor de violência, mas se for para conversar, vai ser na boa. Eu entendo assim. Faz parte do futebol - explicou.
Por fim, o diretor de futebol disse os motivos que fazem o Corinthians jogar tão mal nas últimas partidas. Ele afirmou que o fato de vários jogadores viverem um momento ruim complicou toda a situação da equipe neste Brasileirão.
- Não tem indisciplina ou coisas do tipo. Se tivesse, a gente cortava. É isso que a gente fica intrigado, se tivesse algo acontecendo, agiria e resolveria. É uma queda de rendimento coletiva, aspecto técnico, físico... Não são dois ou três. Quando são mais de 11, coisa que acontece no futebol, compromete o resultado. Para mim é isso que está acontecendo - concluiu.