O Palmeiras mostrou neste domingo que não depende de Kléber. Sem contar com o atacante, que pediu para não jogar, alegando uma lesão - negada pelos médicos -, o time alviverde atropelou o Santos no Pacaembu. O placar de 3 a 0 representou bem o domínio dos mandantes sobre o atual campeão da Libertadores.
A vitória no clássico válido pela nona rodada recoloca ao Palmeiras no G-4 do Brasileirão, exatamente em quarto, com os mesmos 18 pontos que o São Paulo, mas atrás pelo número de vitórias. Na próxima rodada, daqui a uma semana, o time alviverde recebe o Flamengo, vice-líder, novamente com o reforço de Gabriel Silva, liberado pela seleção sub-20.
Sem quatro dos titulares na conquista da Libertadores (Neymar, Elano e Ganso na seleção, Jonathan negociando com o futebol italiano, além dos importantes Adriano e Alex Sandro, machucados), o Santos entrou em campo com uma formação inédita e sofreu com o desentrosamento. A derrota deixou o time praiano em 16.º, com os mesmos oito pontos que o Atlético-GO. Só não entrou na zona de rebaixamento porque tem um gol a mais de saldo. Tem, porém, dois jogos a menos. No sábado, recebe o Atlético-MG na Vila Belmiro.
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Kléber já fez seis jogos pelo Palmeiras no Brasileirão e, se entrasse em campo neste domingo, não poderia mais jogar a competição por outra equipe. O Flamengo já fez proposta oficial por ele. Lincoln também desfalcou o time alviverde pelo mesmo motivo. Com pouco espaço no clube, ele espera por propostas.
O JOGO - Sempre que sofre uma decepção em relação a um ídolo, o torcedor recorre a uma velha máxima, a de que o clube é muito maior do que qualquer jogador. Mesmo batida, essa expressão mostra bem o que foi o primeiro tempo do Palmeiras no Pacaembu. Com Dinei substituindo Kléber em detrimento a Wellington Paulista, o time mandante foi superior durante quase a totalidade dos 45 primeiros minutos.
Quando o Santos ainda tentava equilibrar a partida, o Palmeiras abriu o placar. Luan recebeu de Gabriel Silva, limpou a jogada e tocou para Maikon Leite. O ex-santista saiu na cara de Rafael, driblou o goleiro e tocou para o gol vazio. Comemorou discretamente o gol marcado contra o antigo clube.
O desentrosamento do Santos era tal que nem a jogada mais manjada do Palmeiras foi bem marcada. Aos 29, Marcos Assunção bateu escanteio na área, Maurício Ramos subiu mais que a zaga e cabeceou para fazer o segundo gol alviverde.
Com o rival abatido, o Palmeiras mandava no jogo e criava oportunidades para golear. Aos 33, Marcos Assunção bateu falta na área, Gabriel Silva escorou, a bola atravessou toda a pequena área e Luan completou no segundo pau. Mandou na rede, pelo lado de fora.
Quando o Santos já aguardava o apito final do primeiro tempo para ouvir a bronca de Muricy nos vestiários, Patrik pegou uma sobra do lado direito, pegou com rara felicidade na bola, mandou no ângulo oposto de Rafael e fez um golaço.
Tentando mexer com o brio da equipe, Muricy fez duas alterações no intervalo. Felipe Anderson, cedido pela seleção sub-20, substituiu o apagado Richelly. Roger Gaúcho entrou na vaga de Rodrigo Possebom, colocando o Santos mais à frente.
As modificações pouco alteraram a condição adversa santista. No primeiro minuto, Borges foi lançado, ganhou de Maurício Ramos na dividida, mas Marcos saiu no abafa para salvar o Palmeiras. Depois, o Santos seguiu atacando, mas não voltou a levar perigo para a defesa palmeirense.
Muricy ainda tentou mudar o jogo com Tiago Alves no lugar de Diogo. O time continuou pegando na armação, não conseguiu superar a barreira alviverde e saiu de campo com uma derrota contundente.