Joseph Blatter foi instado nesta quinta-feira a deixar imediatamente a presidência da Fifa pelo Parlamento Europeu, a instituição parlamentar da União Europeia. Reunidos em Estrasburgo, na França, legisladores de 28 países europeus aprovaram uma resolução que pede para Blatter acelerar a sua anunciada renúncia, deixando a Fifa sob o comando de um interino.
Mergulhada em uma grave crise, a Fifa não apresentou uma resposta imediata ao pedido. Blatter é alvo de uma investigação dos Estados Unidos sobre corrupção no futebol, enquanto promotores suíços avaliam o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Na resolução aprovada, o Parlamento Europeu defende que a presença de Blatter atrapalha a realização das reformas que a Fifa precisa passar e destaca que os carros de corrupção atingiram a imagem do futebol mundial.
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Além disso, o Parlamento Europeu urgiu os Estados membros a "cooperar plenamente com a atual e futuras investigações sobre práticas de corrupção dentro da Fifa".
A eleição para substituir Blatter deve acontecer entre dezembro deste ano e março de 2015. As regras da Fifa exigem que o vice-presidente mais velho assuma presidência caso o atual mandatário deixe o cargo antes da votação. No caso, a função seria assumida pelo camaronês Issa Hayatou.
Hayatou foi repreendido em 2011 pelo Comitê Olímpico Internacional por recebido pagamentos da hoje falida ISL na década de 1990, quando ela era a agência de marketing da Fifa. Nos últimos anos, ele mudou duas vezes as regras da eleição presidencial da Confederação Africana de Futebol para se manter no cargo.
O dirigente camaronês está entre 10 membros - atuais ou no passado - do Comitê Executivo da Fifa investigados pelas Suíça pela participação no processo de escolha das sedes do Mundiais de 2018 e de 2022, designados para a Rússia e o Catar, respectivamente.