Técnico da seleção brasileira em dois Mundiais, sob a chefia de Ricardo Teixeira, Carlos Alberto Parreira pediu "continuidade" no comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta segunda-feira, logo após a renúncia de Teixeira. José Maria Marín assumiu a presidência da entidade e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014.
"Cada dirigente tem a sua filosofia, o seu trabalho, as suas preferências. Mas, em termos de Copa do Mundo, estrutura e projeto, está tudo bem encaminhado. Acho que tem que dar continuidade. Não podemos interromper um processo agora. Temos que entregar o que foi prometido, seja estádios, aeroportos, independentemente de quem assuma a CBF", comentou Parreira, em entrevista à Sportv.
O campeão mundial em 1994 pregou bom senso ao novo presidente em relação à preparação da seleção para a Copa de 2014 e pediu a permanência de Mano Menezes à frente do time. "O trabalho do Mano é de reconstrução. Ele tem pouco tempo ainda para ser avaliado. Não dá para pensar em mexer. O bom senso é dar continuidade", comentou.
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Amigo pessoal de Teixeira, Parreira disse não ter ficado surpreso com a renúncia e fez elogios ao ex-presidente. "É um amigo que a gente conhece há muitos anos, que me levou para a CBF. Com ele, fomos campeões do mundo numa época muito difícil. Mesmo sob uma pressão muito grande, ele me manteve no cargo", disse, em referência ao título de 1994.
"Acho que o legado dele, ao longo de 23 anos na CBF, vai ficar marcado por fatos muito positivos, muitas vitórias. E, evidentemente, algumas coisas conturbadas", afirmou Parreira, sem citar os episódios polêmicos envolvendo Teixeira. "Neste momento de muita pressão, acabou prevalecendo o lado humano. Além de presidente da CBF, é um pai de família, avô. Ele tem que cuidar da saúde dele".
No comando da CBF desde 1989, Ricardo Teixeira alegou motivos de saúde para renunciar ao cargo e à presidência do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 nesta segunda-feira. Seu sucessor, o ex-governador de São Paulo José Maria Marín, de 79 anos, deve ficar no cargo até 2015.