A Federação Paulista de Futebol (FPF), em parceria com as policias Militar e Civil, implanta a partir deste sábado, na partida entre São Paulo e Portuguesa, pela oitava rodada do Paulistão, a identificação eletrônica dos torcedores das organizadas. Todos entrarão por um portão específico do estádio e terão de estar munidos com a "carteirinha da paz". O primeiro teste seria feito no clássico Corinthians x Palmeiras, domingo, no Pacaembu, mas, para evitar tumultos e filas, foi transferido para o dia anterior no Morumbi, jogo considerado "mais light."
Cada integrante de torcida uniformizada só poderá adentrar ao estádio com sua carteirinha. Ainda assim, desde que não esteja proibido de ir aos jogos por causa de atos de violência que tenha cometido no passado. O projeto será expandido para todas as partidas do Estado de São Paulo. Ituano x Palmeiras e Oeste x Corinthians, na próxima quarta-feira, também já terão o mesmo controle.
O intuito é controlar as organizadas (que agora ficarão isoladas do "torcedor comum"), inibir a violência dentro do estádio e reconhecer aqueles que são "procurados" pela polícia. Ao encostar sua carteirinha nas catracas, o torcedor terá sua foto exibida num notebook e a mensagem: "torcedor bloqueado" (impedido de entrar no jogo) ou "torcedor liberado".
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Em caso de apreensão deste torcedor numa briga fora do estádio, sua carteirinha também será retirada e uma nova será impossibilitada de ser tirada. O sistema é por biometria, o que impede falsificações e empréstimos a outros integrantes da organizada.
"Estamos visando a segurança nos estádios. Queremos evitar que o mau torcedor frequente os jogos", enfatizou Roberto Cicivizzo Júnior, vice-presidente jurídico da FPF. "O desafio maior será no entorno e no caminho para os estádios. A irracionalidade e a intolerância de alguns torcedores preocupa. Hoje, dentro dos estádios, diminuiu muito os atos de violência. Vamos tentar somar 100% de torcedores da paz. Hoje já são entre 98 e 99%", completou.
Torcedores que forem flagrados em atos de violência e em confusão podem ser impossibilitados de acompanhar o time por até três meses ou mesmo banidos dos estádios. O piloto do projeto definido desde novembro será feito no Morumbi e adaptado para que evite a formação de novas filas ou atrapalhe o trabalho da polícia. A ordem é fiscalizar de perto as organizadas.