A 80 dias da Copa do Mundo, o Estádio do Beira-Rio ainda vive indefinições antes de ter suas obras totalmente concluídas. Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta segunda-feira, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT-RS), afirmou que o impasse em relação ao financiamento das estruturas temporárias pode tirar a capital do Rio Grande do Sul do Mundial.
O projeto de lei que concede incentivos fiscais às empresas privadas para pagarem as obras está parado há quase um mês na Assembleia de Porto Alegre. "Esse projeto de lei se encontra na Assembleia. Se não for votado, estará definido que não teremos Copa do Mundo em Porto Alegre, porque não teremos como buscar recursos. A prefeitura não vai colocar recursos públicos. Não tem Plano B nem Plano C nem Plano Z."
Preocupado com o andamento da discussão, o prefeito deixou a entender que a situação ainda pode ser definida nesta semana. "Na próxima quarta-feira, o vice-prefeito Sebastião Melo e o procurador Marcelo do Canto estarão no Rio de Janeiro em reunião convocada pelo COL (Comitê Organizador Local), para discutir exatamente as estruturas temporárias de Porto Alegre. Nós estamos em um situação difícil, mas temos de reconhecer que isso nos preocupa", disse.
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Em audiência recente, o Ministério Público do Rio Grande do Sul enfatizou que mesmo que o Internacional consiga a aprovação da isenção fiscal, o estado deverá ser ressarcido após a Copa. Por meio do presidente Giovanni Luigi, o clube negou que irá pagar as despesas. "As estruturas não são de competência do Inter. E, se não for definido, existe sim a possibilidade de não ter Copa em Porto Alegre", afirmou o mandatário.