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Confira entrevista!

Presidente do Corinthians revela: ‘Erramos ao negociar o nome da arena’

Agência Estado
07 jul 2017 às 10:18

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- Reprodução/Facebook
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Roberto de Andrade transformou a sua sala na concessionária da qual é dono, localizada perto do Parque São Jorge, na zona leste de São Paulo, em mais um território corintiano. De lá, entre um despacho e outro de algo ligado ao clube ou à venda de carros, o presidente do Corinthians atendeu o Estado e falou sobre vários assuntos. Estádio Itaquerão, elenco, Fábio Carille e eleições, entre outros.

Há sete meses, acreditava que o Corinthians viveria esta fase, liderado pelo Fábio Carille?

Nós sabíamos que teríamos um ano melhor do que foi 2016, mas seria mentira falar que sabíamos que seríamos campeões paulistas e que lideraríamos o Campeonato Brasileiro dessa forma. É uma grata surpresa. O Carille faz parte do conjunto. Antes que me pergunte por que não efetivou o Carille antes, esclareço. Simples, porque ele não se sentia pronto. No fim do ano a gente conversou e ele demonstrou estar pronto.

Clubes e empresários reclamam que o Corinthians não tem pago pelas transferências de jogadores. O que falar?

Tivemos atraso de salário por seis dias. Sim, de fato, existem atrasos no pagamento de luvas e comissão para os que chegaram agora, como o Gabriel. Mas estamos conversando e negociando as dívidas.

Dá para garantir que o elenco fica até o fim da temporada?

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Temos a ideia de fazer isso, mas tem multas e detalhes que podem surgir e a gente não ter como segurar o jogador. Nossa vontade é de permanecer com todo mundo. Só vai sair alguém se for algo muito bom.

Como andam as conversas para o patrocínio master?

Existem negócios caminhando, mas não depende só da gente. A Caixa (Econômica Federal) não quis prorrogar e ofereceu valor e tempo menores do que queríamos.

A Arena Corinthians (Itaquerão) chegou a ser citada na Lava Jato e em outros casos de corrupção. Isso pode atrapalhar os negócios?

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Ela não foi citada na Lava Jato coisa nenhuma.

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Presidente, dentre tantas informações e delações, o ex-prefeito Fernando Haddad disse que recebeu uma denúncia de suposto pedido de propina para que o promotor Marcelo Milani não entrasse na Justiça contra uma lei que permitia à Prefeitura emitir CIDs (Certificado de Incentivo de Desenvolvimento)...


O negócio foi com a construtora (Odebrecht) que fez a arena, não com a arena. Isso não tem nada a ver com a arena.

CIDs que foram fundamentais para a construção do estádio...

Problema do ex-prefeito. Ele é que tem de falar por que o promotor queria dinheiro para liberar os CIDs. Não tem nada a ver com a gente. O CID é nosso, um ativo do clube. Não tem nada de Lava Jato no Corinthians. A lei não foi feita para o Corinthians, mas para o desenvolvimento da zona leste.

Tudo isso não afeta a imagem da arena?

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Não enxergo assim. Não temos "naming rights" porque ninguém se colocou à disposição para pagar. Você sabe o motivo? Me fala, pois eu não sei. Pensa que é fácil vender o nome de um estádio em um País em que arena é um produto novo? Estamos falando de cifras altas e vivendo a maior crise da história do País.


A arena do Palmeiras também era um negócio novo e conseguiram fechar com o Allianz...

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Era um outro momento. Hoje, não conseguiria vender.

Mas a Arena Corinthians existe desde 2014 e começou a ser construída em 2011...


Nós deixamos para ir atrás disso ("naming rights") quando a arena estava praticamente pronta. Erramos, podemos dizer assim, em esperar ficar pronta. Pegamos um outro momento do País. Não temos bola de cristal. O Brasil naquela época estava muito bem, tudo crescendo e indo maravilhosamente bem. Não esperávamos que fosse acontecer tudo isso.

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A construção da arena foi um bom negócio?

Agora está feito. Não adianta falar se está errado ou certo. É um dos estádios mais bonitos do mundo e vamos pagar. Com dificuldades, mas vamos pagar. Infelizmente, é assim que as coisas acontecem. Tudo poderia ser diferente, mas a forma de pagar é essa e temos de nos enquadrar nisso. Não tem outra opção. Falando hoje é fácil. Naquele momento, era a forma que tinha de pagar.


Caso sua chapa seja a vencedora na eleição, em 2018, pretende continuar participando da diretoria ou do futebol?

Eu quero descansar um pouco. Claro que, se alguém precisar, pode contar comigo, mas ter o dia a dia do clube, do futebol, eu não quero. Preciso descansar um pouco e deixar quem chegar trabalhar em paz.


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