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Brasileirão 2016

Rodrigo Caetano lamenta morte de amigos e vê Fla 'sem condições de trabalhar'

Agência Estado
01 dez 2016 às 16:56

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Depois do presidente Eduardo Bandeira de Mello manifestar sua solidariedade à Chapecoense na quarta-feira, nesta quinta foi a vez do diretor executivo do Flamengo, Rodrigo Caetano, falar sobre a dor da tragédia que vitimou tantos ex-colegas. O dirigente revelou a relação mais próximas com alguns dos 71 mortos na Colômbia e admitiu a falta de condição emocional para trabalhar no momento.

"Eu tinha uma relação bastante próxima com o Mário (Sérgio, ex-jogador, técnico e comentarista da Fox Sports), ele era diretor executivo do Grêmio, trabalho que culminou com a Batalha dos Aflitos. Quando ele saiu, ele disse para o presidente que não precisaríamos contratar ninguém, que eu estava pronto para assumir em seu lugar. E eu, um garoto, assumi isso. Por causa dele. Eu tive a oportunidade também, como atleta, de atuar com o Caio (Júnior, treinador) e o Cadu (Gaúcho, gerente), então, é muito triste", declarou.

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Na madrugada de segunda para terça, o avião que levava a delegação da Chapecoense e diversos profissionais de imprensa para a primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, em Medellín, caiu nas cercanias da cidade. Passados quase três dias, os clubes tentam se reerguer para tocar o trabalho, mas a dificuldade de superar a tragédia é evidente.

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"Ninguém tem condição de trabalhar. Ontem foi um dia muito doloroso e difícil. Pedimos para o presidente vir aqui, como figura máxima do clube, passar algum tipo de mensagem. São dias que como eu disse, gostaria de não estar tendo como passar. São pesadelos que não gostaria de ter. A gente desejaria que nada disso fosse realidade. Estou aqui em nome dos atletas mostrar nosso pesar e solidariedade. Na Chapecoense não havia só grandes profissionais, mas pessoas e seres humanos incríveis", afirmou Rodrigo.


A tragédia ocorrida na Colômbia também pode gerar alterações no calendário do Flamengo. O adiamento da última rodada do Campeonato Brasileiro para o dia 11, em homenagem às vítimas, fará com que o elenco demore mais para sair de férias. E para cumprir o período de folga previsto na legislação, o time rubro-negro pode até desistir de disputar a Florida Cup em janeiro.

"O planejamento está suspenso. Essa decisão nós não temos ainda. Temos um contrato lá que prevê algum tipo de modificação em caso de força maior. Não tem força maior do que essa. O que o Flamengo fez nesses dias foi readequar o calendário de 2016, cumprir essa última partida. Infelizmente, com esse ambiente aí. Para 2017, a reapresentação será na data que for possível, respeitando os 30 dias de férias. Se não pudermos ir, vamos fazer nossa preparação aqui mesmo no nosso centro de treinamento. Mas vamos ver ainda", comentou.


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