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Rogério Ceni anima jogadores do São Paulo, mas há resistência da torcida

Brunno Carvalho - Folhapress
19 out 2021 às 22:00
- Rubens Chiri/saopaulofc
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A vitória dominante sobre o Corinthians traz um ânimo diferente para os jogadores do São Paulo. Luciano e Liziero já falaram sobre a necessidade de olhar para a parte de cima da tabela, esquecer o receio de rebaixamento que pairava sobre o Morumbi nos últimos momentos com Hernán Crespo.


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A saída do argentino e a chegada de Rogério Ceni parece terem sido assimiladas rapidamente pelos jogadores. A intensidade diante de Ceará e Corinthians mostrou um São Paulo reanimado. Mesmo com menos de uma semana no cargo, os atletas já atribuem à vinda Ceni a melhora de desempenho.

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Depois do empate contra o Ceará, quando Ceni tinha comandado apenas um treino, o zagueiro e capitão Miranda já falava em "melhora significativa" com o novo treinador. "Mesmo com esse pouco tempo de trabalho a gente já mostrou outra cara, outro futebol", pontuou.

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A empolgação aumentou com a vitória sobre um de seus maiores rivais. Vencer o Corinthians não só devolveu a autoestima ao são-paulino como encerrou uma série de seis empates consecutivos no Brasileirão, que ajudou a derrubar Hernán Crespo.


"Acho que estava faltando, entregamos tudo hoje, raça, vontade. Em alguns jogos estávamos tendo, mas não estávamos sabendo fazer o gol. Hoje aproveitamos e saímos vencedores. Fruto de um trabalho começando com o Rogério, que já sabemos o que ele quer", explicou Luciano depois da vitória sobre o Corinthians.

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Saber o que o técnico quer é uma frase repetida por outros atletas. Destaques da vitória sobre o Corinthians, Igor Gomes e Liziero fizeram questão de elogiar Hernán Crespo, mas admitiram que a chegada de Ceni trouxe um novo ânimo para uma equipe que parecia abatida com os desempenhos ruins.


"O professor Crespo é um grande treinador, uma grande pessoa, que agregou muito para mim, principalmente defensivamente. Mas agora é um trabalho novo, todo mundo quer mostrar, quer jogar. A mudança sempre instiga a gente a querer dar o melhor, a querer dar mais", afirmou Igor Gomes, que comparou a mudança como uma troca de chefes em uma empresa. "Você quer fazer, mostrar trabalho [para o chefe novo]".

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Torcida é a última barreira


Se os jogadores já aparentam ter abraçado Rogério Ceni, o último foco de resistência ao treinador está posicionado nas arquibancadas do Morumbi - algo inimaginável há alguns para um dos ídolos máximos da história são-paulina. A torcida ainda não digeriu a declaração dada por ele quando ainda estava no Flamengo. No comando do Rubro-negro, Ceni frisou que o time carioca era "diferente", em uma comparação com o próprio São Paulo.

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Quando a volta do treinador ao Morumbi foi anunciada, a Independente, principal torcida organizada do São Paulo, defendeu que esperava uma reunião e um pedido de desculpas do técnico. Entre o chamado "torcedor comum", o clima não é mais ameno. Assim que o alto-falante do estádio anunciou o nome de Ceni contra Ceará e Corinthians, as arquibancadas se dividiram entre silêncio e vaias a um dos maiores ídolos do clube. Uma pequena parte tentou aplaudir o ex-goleiro.


Um dos que estava nessa missão no jogo era Antônio Brancaglione, 29. Vestido com a camisa de Ceni, ele disse antes da partida que pretendia aplaudir o novo treinador quando seu nome fosse anunciado no estádio.


"Eu gosto do modo do Rogério, ainda mais o São Paulo em uma situação dessa. Ele é um torcedor são-paulino, viveu muitos anos aqui e honrou a camisa do São Paulo. Eu ponho fé, sim, nele [A frase sobre o Flamengo] Não é algo que iria manchar a imagem dele como ídolo. A história dele jamais será apagada", comentou.


O tempo será o maior aliado de Ceni na missão de reconquistar a torcida. O São Paulo volta ao Morumbi apenas em 31 de outubro, quando recebe o Inter. Até lá, um bom resultado contra o Red Bull Bragantino, no próximo domingo (24), pode fazer com que a polêmica frase sobre o Flamengo seja vista como uma pequena turbulência em um relacionamento de mais de 25 anos entre Ceni e os são-paulinos.

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