Antes mesmo dos dez primeiros minutos do amistoso desta sexta-feira diante da África do Sul, a seleção brasileira já era vaiada pelos mais de 50 mil pagantes que foram ao Morumbi. A pressão se estendeu pelos 90 minutos do confronto e retratou o futebol ruim que os comandados de Mano Menezes apresentaram na vitória por 1 a 0.
Os próprios jogadores admitiram que a atuação foi abaixo do esperado, mas não esconderam a chateação com a reação da torcida. "Tentamos representar nosso futebol, mas tem vezes que não sai legal. A torcida devia nos apoiar mais, mas é normal. A gente está acostumado com a torcida vaiar quando não vamos bem. Mas com certeza teríamos jogado melhor se a torcida tivesse apoiado", declarou o atacante Hulk, autor do gol, em entrevista ao SporTV.
O zagueiro Dedé, que atuou no lugar de Thiago Silva, lesionado, também reclamou do comportamento dos torcedores, que, além de vaiarem a equipe, pediram a presença do atacante Luis Fabiano, vaiaram Mano Menezes e Neymar, que também foi chamado de "pipoqueiro" ao longo do jogo.
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"A gente esperava mais aplausos, incentivo, apoio. Não foi da maneira que queríamos, mas agora vamos pensar na próxima partida. Vencemos, precisamos ficar felizes, mas queremos melhorar para enfrentar a China", disse, já projetando o confronto de segunda-feira diante dos chineses, também em amistoso, no Estádio do Arruda.
Dos poucos pontos positivos da partida, estão as atuações do goleiro Diego Alves e de Hulk, que entrou no segundo tempo e mudou o panorama da partida. "A partida foi boa, passei confiança. Acho que correspondi à altura", declarou Diego. "Consegui uma atuação com o pé direito: com vitória e gol", completou Hulk.