Se o técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, realmente espera contar com o apoio da torcida na partida de domingo contra o Chile no Couto Pereira, ele pode ter uma grande decepção. Os cerca de 15 mil torcedores que conseguiram entrar no Pinheirão para acompanhar o treino da seleção nesta sexta-feira não pouparam vaias ao fraco desempenho da seleção titular, que perdeu dos reservas por 2 a 1.
O atacante Elber, que atuou 28 minutos na equipe de cima antes de passar seu colete para França, do São Paulo, acredita que no jogo a torcida também não demonstrará clemência caso o Brasil não tenha um bom desempenho. "Nos clubes, os torcedores são mais pacientes. Mas se nós não mostrarmos um bom futebol desde o começo, as vaias com certeza virão. Mas já estamos acostumados com esse tipo de pressão", afirmou o atleta do Bayern Munchen.
Mas ao tentar explicar a superioridade dos suplentes na partida, Elber se contradisse. "Quem está no time reserva joga mais solto. Nós falamos que estamos acostumados com a pressão, mas sempre sentimos um pouco", confessou.
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A superioridade do time de baixo, que pressionou durante os primeiros 30 minutos de coletivo, acabou ficando evidente quando Scolari abandonou o esquema com três zagueiros para adotar o 4-4-2. Os zagueiros Lúcio e Edmílson não cobriam adequadamente o avanço dos laterais, dando espaço para Edílson, que foi o melhor no treino, armar as jogadas para os dois gols dos reservas. Marcelinho Paraíba aproveitou uma falha de posicionamento de Edmílson para marcar o primeiro, e Elber aproveitou um rebote para fazer um gol de bicicleta.
Convocado apenas após o corte do atacante Ronaldo, da Inter de Milão, Edílson afirmou que está pronto para atuar caso Scolari decida escalá-lo. "Todos aqui têm condições de serem titulares, independente do momento em que nos juntamos ao grupo" declarou o atacante do Flamengo.
Embora tenha começado o treino com Elber e Denílson no ataque, nada garante que Scolari confirme a dupla para a partida de domingo. Além de Edílson e França, o meia Rivaldo também pode ser deslocado para o ataque. Segundo Elber, a posição é uma das mais disputadas do time. "Ultimamente, o atacante tem duas ou três chances de se firmar na seleção. Se não souber aproveita-las, dificilmente volta ao grupo", analisa.