O governo de Togo apresentou em Paris uma denúncia contra a Confederação Africana de Futebol (CAF) e contra o grupo separatista Forças de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), que reivindicou o ataque ao ônibus da delegação togolesa no início de janeiro, dias antes do começo da Copa Africana de Nações, em Angola.
A denúncia foi apresentada na capital francesa porque o líder da FLEC, Rodrigues Mingas, reside na cidade. O grupo assumiu a autoria do atentado que resultou na morte de três pessoas, incluindo dois integrantes da delegação de Togo. Na ocasião, o ônibus foi metralhado após cruzar a fronteira angolana.
A Justiça francesa vai estudar o caso para decidir se vai aceitar a denúncia contra atos de terrorismo e homicídio. O caso foi aberto no dia 29 de janeiro, mas os representantes do governo togolês só anunciaram a medida nesta quinta-feira.
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Também integraram a denúncia as famílias dos dois membros da equipe que foram mortos no ataque, o assistente-técnico Amelete Abalo, e o chefe de comunicação, Dodji Komi Ocloo Azanledji.
Em entrevista a jornais franceses, Rodrigues Mingas assumiu a autoria do ataque e disse que todos os "golpes" são permitidos durante uma guerra. "Tudo pode acontecer, isso foi apenas o começo", avisou o líder do grupo separatista. Mingas também disse que o ônibus não era um dos alvos do grupo.
Por causa do ataque, o governo de Togo resolver tirar a sua seleção de Angola, antes do início da Copa Africana. A decisão desagradou a Confederação Africana, que suspendeu a equipe das duas próximas edições do torneio e multou a Federação Togolesa de Futebol em US$ 50 mil.