O futebol não deve ter pressa para implementar a tecnologia na linha do gol, disse nesta sexta-feira um dos principais dirigentes da Fifa, um dia antes de uma reunião que deve aprovar a realização de uma nova rodada de testes.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, declarou anteriormente esperar que a tecnologia auxilie os árbitros na Copa do Mundo de 2014, mas o príncipe Ali, um dos vice-presidentes da entidade, não demonstrou o mesmo desejo.
A International Board vai avaliar os resultados dos testes de oito sistemas no sábado, antes de pedir uma nova fase de avaliações para as empresas aprovadas, para depois tomar uma decisão final em julho.
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"Os árbitros são parte do jogo e eu me sentiria um pouco deprimido, se todos os dias alguma coisa sai sobre como eles não são capazes de fazer seus trabalhos", disse o príncipe Ali. "Não há pressa. Eu acho que o futebol pode sobreviver (sem a tecnologia na linha do gol)".
"Tem que ser abraçado por todas as confederações e por especialistas na área em todas as confederações, incluindo árbitros, técnicos e os jogadores, com todas suas opiniões sendo levadas em conta antes de tomar uma decisão final".
O que deve ser analisado, segundo o jordaniano príncipe Ali, que entrou para o Comitê Executivo da Fifa em junho, é o risco de criar desigualdades, dando uma "natural vantagem para os jogos em um determinado nível contra os outros".
Ele destacou que clubes e seleções, como a Jordânia, teriam dificuldades para implementar a tecnologia, enquanto adversários teriam a vantagem de utilizá-la. Alguns esportes, como tênis e críquete, usam tecnologia similar. Nos grandes
torneios de tênis, apenas algumas quadras possuem o sistema.
Além da discussão sobre o uso de tecnologia, a International Board irá analisar outros assuntos. Ali fará uma apresentação defendendo a liberação do uso do hijab pelas jogadoras islâmicas, com o argumento de ser preciso respeitar as tradições culturais. Outra votação será sobre a possibilidade de permitir às equipes a realização de uma quarta substituição durante a prorrogação.
As regras são alteradas com seis dos oito votos dos membros da International Board - a Fifa tem direito a quatro votos. As alterações costuma começar a valer antes da temporada seguinte, mas podem ser aceleradas caso exista concordância da comissão.