O brasileiro Tony Kanaan evita até cogitar a possibilidade de ficar fora da etapa de São Paulo da Fórmula Indy, que será disputada em um circuito de rua no Anhembi, mas admitiu nesta quinta-feira não saber quais são suas reais condições para a prova do próximo domingo, quando completará a marca de 200 corridas consecutivas disputadas na categoria.
O piloto da KV ainda se recupera de uma lesão na mão direita, sofrida durante um acidente nas voltas finais da etapa de Long Beach, disputada no dia 21 de abril. "Vou saber como estou mesmo no sábado, às 8h30 da manhã (horário do início do primeiro treino livre). Mas nem que seja insuportável, eu vou tentar correr. Incomoda, tenho certeza que vai doer. No sábado vou saber o quanto e se eu suporto", afirmou Kanaan.
Na penúltima volta da prova em Long Beach, o brasileiro se envolveu em acidente com o espanhol Oriol Servia. Após avaliação médica e exames, detectou-se que Kanaan rompeu os ligamentos da mão direita. De acordo com ele, não será preciso passar por uma cirurgia, mas o tempo estimado de recuperação é de oito meses. Inicialmente, porém, isso não o impede de participar das provas.
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"É um mistério. Foi um acidente banal, mas me custou bastante. O médico falou em oito meses, achei que ele até estava tirando um sarro. Foram três lesões diferentes. É preciso repouso, mas isso é o que eu menos tenho. O acompanhamento médico tem sido bom", disse.
Kanaan revelou que preferiu não testar suas reais condições em um simulador por recomendação médica, mas também por medo. "Não andei em simulador. Por recomendação médica, queriam que eu movimentasse o menos possível a mão. Por autodefesa não queria, me preocuparia, e ia achar que não dava para correr", comentou.
O piloto brasileiro explicou que tentará amenizar o impacto do volante com a mão através do ajuste do carro. "No acerto, é possível deixar o volante um pouco mais leve, mesmo que não fique mais rápido", disse Kanaan.
"Alguns pilotos usam uma borracha no volante que molda a mão. Vou moldar esse volante, com os médicos acompanhando, para imobilizar o dedão. No resto da mão eu tenho força. Já tiraram as zebras que me machucavam", completou, lembrando as mudanças realizadas no circuito para a disputa da prova de domingo em São Paulo.