O piloto Tony Kanaan, da equipe Ganassi, analisou sua temporada na Fórmula Indy em entrevista à revista Warm Up. O brasileiro, que terminou a temporada em sétimo lugar, lamentou apenas o começo de ano ruim, fator que o tirou da briga pelo título.
- Faltou começar o ano um pouquinho melhor. Única e exclusivamente isso. A gente teve algumas mudanças técnicas na equipe em termos de acerto de carro e demoramos um pouquinho para entender completamente o carro. Era um projeto super revolucionário, mas que não deu certo logo de cara - explicou Tony.
A evolução de Tony e de seu carro no fim da temporada foram flagrantes. Ele chegou ao pódio cinco vezes nas últimas sete provas. - Do meio para frente, a gente se encontrou. Somando meus pontos e os do Dixon nessa fase, seríamos primeiro e segundo no campeonato. Então, foi a mesma coisa que a Ganassi teve em 2013. É algo que estamos tentando mudar para o ano que vem, começar melhor. Mas, no geral, foi um ano bom, vencemos três corridas, fizemos cinco pódios. É difícil dizer se foi melhor ou pior do que a gente esperava porque a gente quer ganhar sempre, mas acho que foi um ano decente, digamos assim - analisou.
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Kanaan passou três anos na equipe KV, de porte médio. Estar de volta a uma escuderia mais estruturada foi algo fundamental para que ele conseguisse se recuperar com o campeonato em andamento:
- É uma comparação muito difícil de fazer. A KV é uma equipe muito menor. Acho que o principal ponto positivo da Ganassi foi a recuperação durante o ano. Foi ter o potencial para recuperar. Nós temos dez engenheiros em vez de dois. A qualidade dos engenheiros é tão boa quanto era na KV, mas são dez, não dois. As cabeças acabam pensando mais.
Com o retorno da Indy ao país, Kanaan dará início ao novo campeonato correndo em casa, em Brasília, no dia 8 de março. Um contraponto à sua insatisfação com o aperto do calendário.
- Fiquei muito feliz que a primeira corrida é no Brasil. Eu também sempre fui uma pessoa contrária às corridas duplas. Já diminuíram, me ajudou bastante. Quanto ao calendário mais apertado, também sou um cara que não sou muito favorável. Não gosto do campeonato acabando em agosto, podia ir um pouco mais para frente. Nas pistas, não mudou muita coisa, então estou contente com isso. Mas, na minha opinião, o calendário podia ser bem esticado. Novembro, outubro, talvez - disse o piloto, que reconhece que haverá aspectos em que o circuito brasileiro não estará 100%:
- Acredito que Brasília vai estar pronta em partes. Acredito que a pista e a área de escape estarão prontas, isso é o mais importante. O resto, com certeza não vai estar, mas teremos arquibancadas provisórias, boxes provisórios, como foi no Japão e é nos circuitos de rua. Nossa maior vitória foi trazer a Indy de volta ao Brasil. Como presidente da associação de pilotos, acredito que com asfalto e área de escape prontos, o resto podemos improvisar. É nosso primeiro ano.