A escuderia de Fórmula 1 Renault poderá continuar competindo, mas ficará sujeita a dois anos de suspensão, caso cometa outra infração até 2011, por ter mandado o piloto brasileiro Nelsinho Piquet bater o seu carro no Grande Prêmio de Cingapura, em 2008, de acordo com um comunicado da Federação Mundial de Automobilismo (FIA) divulgado nesta segunda-feira (21).
A FIA também decidiu excluir definitivamente da Fórmula 1 o ex-diretor-geral da escuderia, Flavio Briatore, considerado o principal responsável pelo caso. O ex-diretor de engenharia da Renault, Pat Symonds, não poderá participar de atividades relacionadas ao esporte automobilístico durante cinco anos.
Já os pilotos Nelsinho Piquet Júnior e o espanhol Fernando Alonso, que compareceram à sede da entidade, em Paris, para prestar depoimento nesta segunda-feira, foram isentos de qualquer responsabilidade no caso.
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"A Renault não apenas comprometeu a integridade do esporte, mas também pôs em risco a vida dos espectadores, dos integrantes das equipes, dos outros pilotos e de Nelson Piquet Júnior".
A imprensa francesa afirmou que a decisão do Conselho da FIA foi branda, já que a equipe corria o risco de ser excluída da Fórmula 1.
Estratégia
A estratégia da Renault, segundo depoimento de Nelso Piquet Júnior à FIA sobre o caso, no dia 30 de julho, visava favorecer o principal piloto da escuderia, o espanhol Fernando Alonso, que venceu o GP de Cingapura, em setembro do ano
Na última quarta-feira, a Renault havia anunciado que não contestaria as acusações de irregularidades durante a reunião extraordinária do Conselho Mundial da FIA para discutir o caso, nesta segunda-feira.
Representantes da escuderia foram convocados no início deste mês para prestar esclarecimentos nesta segunda-feira sobre as acusações feitas pelo piloto.
Além de ter ordenado que Nelsinho Piquet batesse o carro, o que ameaçou a segurança da prova, a Renault foi acusada de violar o artigo 151c do Código Automobilístico Internacional, que considera uma infração "todo procedimento fraudulento ou manobra desleal para prejudicar a veracidade das competições ou os interesses do esporte automobilístico".
No último dia 11, a Renault anunciou ter iniciado um processo na Justiça contra Nelsinho Piquet e seu pai afirmando que ambos "haviam feito comentários falsos e tentado chantagear a equipe para permitir que Piquet Jr. continuasse como piloto pelo resto da temporada 2009".
Mas, poucos dias depois, a Renault informou que não contestaria mais as alegações de irregularidades no GP de Cingapura, feitas por Nelsinho Piquet, e anunciou também a demissão do diretor da escuderia, Flavio Briatore, e do diretor de engenharia, Pat Symonds.
Briatore não compareceu a audiência do Conselho Mundial da FIA nesta segunda-feira. Sob sua direção, a Renault ganhou o título de campeã mundial de equipes em 2005 e 2006.