Campeão do Superbowl-2014, o Seattle Seahawks recebe o Green Bay Packers - campeão em 2012 - como favorito. O time joga em casa, onde derrotou o rival na temporada regular sem problemas (36 a 16) e vem mostrando jogo eficiente tanto na defesa quanto no ataque. Para completar, o grande astro do Green Bay, o quarterback Aaron Rodgers (favorito ao titulo de jogador do ano) mais uma vez estará em campo no sacrifício, já que não se recuperou da lesão na panturrilha. O jogo ocorrerá as 18h e terá transmissão pela ESPN.
O que pode pegar para o Seattle é a pressão de ser amplamente favorito. Tudo indica a sua vitória. Não tem jogador-chave lesionado, vem embalado com sete vitórias seguidas, tudo de lavada, como o 35 a 6 diante de Arizona. Tem uma defesa que é espetacular: a que menos pontos cede (13,5 por jogo), a terceira melhor contra o jogo corrido, a melhor contra passes, a que menos jardas cede.
No ataque, embora seja o quinto pior time no jogo aéreo, é o melhor em jogo corrido. O running back Mashall Faulk está entre os três melhores da Liga há três temporadas e cresce em momentos decisivos. Para completar, o seu quarterback Russell Wilson, além de eficaz nos lançamentos ultimamente vem revezando o alvo preferido, confundindo os rivais - na vitória sobre o Carolina o tight end Luke Willson foi o seu favorito - e ainda faz o papel de corredor. Ele alcançou 846 jardas na temporada regular. Para se ter ideia, running backs número 1 de oito franquias fecharam a temporada com menos jardas do que ele.
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A situação do Green Bay é complicada. Embora tenha chegado na final, o time vai mal quando joga como visitante. Em oito jogos, perdeu quatro. Está na decisão da NFC porque em seu Estádio Lambeau Field venceu os nove jogos, incluindo aí o triunfo diante do Dallas Cowboys na semana passada. A questão é que o time depende demais de Aaron Rodgers. Foi o que ocorreu no jogo passado. O QB entrou sem condições, só jogou porque era decisão.
Mancava o tempo inteiro. Ainda assim passou para 316 jardas e 3 tds arriscando lançamentos nos quais ele se afastava muito da linha de marcação, beneficiado pela fraqueza da defesa dos Cowboys. Só que agora Rodgers terá pela frente a melhor defesa da NFL e apostar nesta tática seria uma temeridade. Primeiro porque os linebacks do Seattle são ágeis e passe longo requer tempo. Os marcadores vão chegar facilmente num quarteback que está jogando com uma perna só. E se o passe sair, sempre vai ter cornerbacks e safetys de primeira linha na marcação, entre eles Richard Sherman.
Assim, o Green Bay deve usar e abusar da corrida de seus running backs, principalmente Eddie Lacy, diante de uma defesa em que ninguém consegue correr para mais de 100 jardas. Rodgers conta com bons recebedores, mas como as jogadas já são bem conhecidas, é possível que ele volte a apostar num elemento surpresa. Contra o Dallas, o recebedor Davante Adams apareceu muito bem. Como Cobb e Jordy Nelson, os alvos tradicionais não saíram da marcação, foi Davant quem fez as jogadas mais incisivas, incluindo aí um TD de 46 jardas.
Vida dura para o Green Bay Packers, que ainda por cima vai ter de encarar a segunda torcida mais barulhenta dos Estados Unidos (e que promete quebrar o recorde de decibéis que o eliminado Kansas City Chiefs conseguiu nesta temporada).