Blog do Lucio Flávio

Quando a CBF tomará uma posição em relação a dança dos técnicos?

29 nov 2019 às 15:22

Em termos de organização e planejamento, o futebol brasileiro se supera a cada dia. A rodada do meio de semana do Campeonato Brasileiro foi responsável por mais uma bizarra dança das cadeiras de treinadores.

O Ceará, que na quarta-feira foi goleado pelo Flamengo, demitiu o técnico Adilson Batista, que na quinta-feira foi anunciado como novo treinador do Cruzeiro, que horas antes havia demitido Abel Braga.


Abelão, que já havia sido técnico do Flamengo no início do campeonato, foi demitido depois de ver o seu time perder em pleno Mineirão para o CSA. O clube alagoano foi surpreendido com o pedido de demissão do seu treinador. Para onde vai Argel Fucks? Ora, ora. Para o Ceará. Fucks, que inclusive já renovado seu contrato com o CSA para 2020.


Argel Fucks, que com a vitória do seu ex-time, ajudou o seu próximo clube, que continua fora da zona do rebaixamento, um ponto a frente do Cruzeiro. Entendeu a bagunça que é o futebol brasileiro? Pois é, uma bagunça institucionalizada.


E este tipo de situação não é privilégio da série A. Recentemente, algo parecido aconteceu na série B. Em poucos dias, Itamar Schülle foi demitido do Cuiabá e assumiu o Vila Nova, que por sua vez havia demitido Marcelo Cabo.


O ex-treinador do time goiano, então, foi anunciado pelo CRB, que havia demitido Marcelo Chamusca. Para dar continuidade ao círculo dos mesmos, advinha para onde foi Chamusca, somente um dia após deixar Maceió? Bingo! Para o Cuiabá, obviamente.

E tudo isso sob o olhar passivo da CBF. Quando a CBF irá criar uma legislação que proíba que os treinadores trabalhem em mais de um clube na mesma divisão, como acontece na Europa? Sinceramente, acho que nunca. Porque não há interesse de quem está no meio do futebol, inclusive dos clubes.


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