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Diálogos

17 set 2015 às 22:43
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Crônica

Ano passado, acreditando que poderia ser capaz de escrever um romance, comecei a anotar diálogos, desses que a gente ouve sem querer, tipo na fila do banco ou na sala de espera do consultório médico.

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Anotei alguns, tentei escrever um romance e descobri que sou péssimo, horrível romancista. Mas hoje, eis que dou de cara com o bloco, arrumando as gavetas do escritório. Alguns diálogos são muito bons. Publico aqui.

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Profissão: Jornalista

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Atire a primeira pedra


Terminal de ônibus do centro de Londrina. Sábado, por volta das quatro da tarde. Fila aguardando o 102 – Jardim Ideal. Uma mulher, aparentando uns 45 anos, cabelo pintado de preto bem preto, carregando diversas sacolas, fala com o filho utilizando o celular:

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- Vítor, fala pra este traste do seu pai que se eu chegar aí e ele ainda tiver dormindo eu enfio um litro de Qboa no nariz dele.


Outro. Este na fila do caixa rápido (rápido?) de um grande supermercado. Sexta-feira, sete e pouco da noite. O casal à minha frente. Ela, loira, uns 30 anos, muito bonita, cabelos compridos. Ele, um cara alto, meio calvo, uns três anos mais velho que a mulher.

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Ela:
- Pode falar, eu sei, você não gosta da minha mãe. Tá na cara que não gosta.


Ele:
- Mmmmmm... Gosto sim.

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Ela:
- Ah, tá. E eu sou o Tarzan.


Ele:
- Para com isso, nada a ver.

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Ela:
- Então, agora, quando a gente chegar lá, quero ver você dar um beijo, bem dado, nela.


Chegou a vez deles, infelizmente, confesso que estava curtindo ouvir o papo.

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Mas o melhor de todos foi o que ouvi em uma das muitas farmácias da Avenida Bandeirantes. Foi difícil segurar o riso. Duas senhoras, na casa dos setenta anos, bem parecidas entre si. Acho que eram irmãs. A mais baixinha, com cara de invocada, perguntou, como quem pensa alto:


- Por que raios vendem estas camisinhas que têm sabor?


A outra:
- E eu é que sei!? Não é possível que...

Nenhuma das duas falou mais nada.


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