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Londrina, o último clube de Garrincha

04 fev 2014 às 15:39

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Ao ler o título deste texto, algum torcedor que conheça a história do nosso glorioso Londrina Esporte Clube deve estar proferindo palavras desrespeitosas sobre a minha pessoa, com a certeza de que o gênio das pernas tortas não encerrou de vez suas jogadas vestindo a camisa do Tubarão do Norte do Paraná.

Acalme-se, eu explico. Na publicação anterior que fiz neste blog, citei alguns livros. Entre eles, Estrela Solitária – Um brasileiro chamado Garrincha, de Ruy Castro (Companhia das Letras).

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Acabei de ler a excelente biografia no fim de semana que passou. Por meio dela, fiquei sabendo que, em 25 de dezembro de 1982, Mané Garrincha jogou a última partida de futebol de sua vida.

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Profissão: Jornalista

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Atire a primeira pedra


Muito prejudicado pelo alcoolismo, ele aceitava qualquer grana para se exibir em campos de futebol Brasil afora. Naquele dia natalino, jogou pelo Londrina, de Planaltina (DF). Perdeu de um a zero para um combinado de veteranos.

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Isso mesmo, lá em Planaltina, perto de Brasília, há um time com o nome de Londrina, fundado em 1976 e que tem as cores azul e branca no escudo. Curioso, não? Fui ao Google e descobri que se trata de uma equipe amadora, em plena atividade. É das mais vitoriosas nos campeonatos disputados em campos de terra do Planalto Central.


Menos de um mês depois de defender o Londrina Futebol Clube de Planaltina, Garrincha morreu. Tinha 39 anos.

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Contar esta curiosidade não deixa de ser mais uma boa oportunidade de fazer propaganda do livro do Ruy Castro. Em quase 500 páginas, o autor discorre sobre a trajetória futebolística de Garrincha e sobre a tragédia que o alcoolismo causou na vida do craque.


Já que vivemos numa época em que as músicas de sucesso falam que beber até cair é bacana, vale refletir sobre as mazelas que o álcool causa.

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Mas será que Garrincha jogou contra o Londrina original, aquele que representa esta cidade do Norte do Paraná?


Para responder, recorri ao livro Londrina Esporte Clube 40 anos – do Caçula Gigante ao Tubarão, de autoria de J. Mateus, um grande pesquisador da história do time.

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Mateus narra que o Botafogo, tendo Garrincha no elenco, enfrentou o LEC duas vezes. Na primeira delas, em 1957, ficaram no um a um. Na segunda oportunidade, em 1961, oito a um para os cariocas, com um gol de Garrincha.


O livro do Mateus eu também recomendo, mas é difícil de encontrar. A última tiragem, feita pela Midiograf, é de 1996. Pelo o que eu sei, esgotou-se.

É isso. Existe um Londrina em Planaltina (DF). Vestindo a camisa dele, Garrincha jogou pela última vez. Na próxima crônica, não falarei sobre futebol. Prometo.


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