Com a exceção do Paraná Clube, o Campeonato Paranaense vai tomando as formas normais na classificação. O Coritiba dispara na ponta, o Atlético começa crescer e deve assumir logo o segundo lugar, desbancando o brioso Cianorte.
Mesmo com alguma irregularidade dos grandes da Capital, não dá para pensar em time interiorano ficar com o título. A disputa dos caipiras será pelo título do interior (criado neste ano) e pelas vagas na Copa do Brasil e no Brasileiro da Série D.
Como o Paraná está caindo das pernas, os interioranos devem disputar duas vagas para a Copa do Brasil e não uma, como tem acontecido. Seguindo no ritmo atual, o Paraná dificilmente vai ficar entre os primeiros e até corre risco de rebaixamento.
Sua má campanha favorece ao Cianorte, Arapongas, Iraty e outros que sonham com a Copa do Brasil e com o Brasileiro da quarta divisão.
Entre os times da nossa região a melhor situação é do Arapongas. É o quinto colocado e fará dois jogos seguidos em casa, contra o Rio Branco e o Paraná. Se faturar os seis pontos, pode assumir a posição de melhor do interior.
É bom lembrar que, para efeito de classificação para a Copa do Brasil e o Brasileiro B, valerá a soma dos pontos dos dois turnos. O mesmo vale para o rebaixamento. Os dois últimos cairão para a Segundona. Na classificação de hoje cairiam Paraná e Rio Branco.
Boa notícia
Muito boa a notícia de que o Londrina estará disputando os Campeonatos sub-20 e sub-17 da Federação, com os jogadores que hoje pertencem ao Iraty. Como no ano passado os meninos da SM Esportes ganharam tudo, será a possibilidade do LEC comemorar um título, o que não acontece há muito tempo.
A última conquista da base do Londrina foi em 2003, quando ganhou a Copa Tribuna de Juniores.
Tabajara Futebol Clube
Enquanto alguns times provocam a alegria da galera, outros têm disputado com muita disposição o 'título' de pior do Brasil no ano.
O exemplo do América-PE é o que mais chama a atenção. Em dez jogos no Campeonato Pernambucano, o time conseguiu apenas um ponto. O aproveitamento é de incríveis 3%, com 15 gols sofridos e apenas quatro marcados. Um horror.
A campanha do Cabofriense-RJ no Campeonato Carioca também é de chorar. Em seis jogos, a equipe do litoral fluminense conseguiu apenas um pontinho.
O Paraná Clube está enloquecendo seus torcedores só pode estar querendo deixar seus torcedores. Somou só dois pontos em oito jogos. Uma piada.
E o que dizer do ASSU-RN (Associação Sportiva Sociedade Unida)? No campeonato do Rio Grande do Norte, a equipe não marcou um ponto sequer nas três primeiras rodadas. Tomou oito gols e não fez nenhum.
São campanhas de causar inveja ao Tabajara Futebol Clube.
Índio não quer apito. Quer bola
A atração do campeonato paraense é o atacante Aru, novo reforço da Tuna Luso. Mas o que chama a atenção no jogador (pelo menos por enquanto) não é seu currículo profissional, mas sua origem. Aos 23 anos, Aru é filho de índios e, apesar de ter morado pouco tempo na aldeia, diz que tem muito orgulho de sua origem.
Na entrevista ao Diário do Pará, o atacante aparece com a pintura usada pelos índios durante as festas na tribo. "A comunidade indígena é minha vida. Gosto de me pintar nas partidas para representar meu povo. Isto (pinturas) representa alegria para nós (índios). Quando eu entro em campo, procuro estar sempre alegre", disse.