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Dia de "causos" do futebol

27 fev 2011 às 09:16
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Põe o Zé Miguel, tira o Zé Miguel

Zé Miguel, prata da casa, foi herói por um dia no Londrina. Sem a confiança da torcida, criou-se até uma brincadeira nas arquibancadas do VGD. Se o time estava mal com Zé Miguel jogando, a galera pedia: "Tira o Zé Miguel!" Se ele não estava em campo: "Põe o Zé Miguel!" Em 1975, o Londrina jogava contra o Atlético na Baixada e, num contra ataque, fizeram um lançamento para o nosso herói e ele botou na rede. Gol do Londrina, gol de Zé Miguel, que de forma inexplicável foi anulado pelo árbitro do jogo. O Presidente Fernando Agudo Romão invadiu o campo. Tudo estava no maior tumulto quando Zé Miguel chegou no presidente e garantiu: "Pode voltar para lá que eu vou fazer outro e nós vamos ganhar o jogo". Dito e feito. Cinco minutos depois, do mesmo jeito do primeiro, Zé Miguel marcou outro gol que Plinio Duenas não teve motivo nem coragem para anular. O Londrina ganhou por um a zero, gol de Zé Miguel que um dia foi jogar em Portugal e nunca mais voltou.

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Futebol racista

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Do sonho ao pesadelo


No começo do século, os jogadores negros não eram aceitos nos clubes brasileiros. Friedenreich, um dos maiores goleadores da história, era mulato e passava gomalina nos cabelos para alisá-los. Só em 1918, por pressões da imprensa, que a Federação Brasileira de Sports autorizou formalmente aos clubes e entidades regionais a aceitarem inscrições de negros. Na Copa de 1930, o centromédio Fausto foi o único que deixou o Uruguai sem arranhar a reputação. "Maravilha Negra", como era chamado, desafiava os dirigentes se recusando a alisar os cabelos. Fausto morreu de tuberculose aos 34 anos.

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Nos anos 10, o América Carioca tinha um jogador negro chamado Carlos Alberto. Ele não fazia questão de esconder a raça. No seu time não havia racismo. Transferiu-se para o requintado Fluminense e começou a usar pó de arroz para disfarçar a cor. Num jogo contra o América, a torcida percebeu o pó-de-arroz e pegou no pé de Carlos Alberto. O apelido passou para o clube.


O livro "O negro no futebol brasileiro", de Mário Filho, conta a história do goleiro Heráclito, do Bangu. Em um jogo contra o Flamengo, em 1912, o goleiro teria entrado em campo bêbado, depois de gente ligada ao rubro-negro ter lhe oferecido cachaça. Pronto: por ser negro, era mais chegado ao álcool do que os brancos, dizia-se. A diferença era que os brancos bebiam uísque.

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Nos anos 20, surgiu o primeiro time formado por mais negros do que brancos, sem preconceito: o Vasco da Gama. Saiu da segunda para a primeira divisão e conquistou o título carioca de 1923. Todos duvidavam da força do clube que montou um esquadrão de negros e mulatos e dominou o futebol carioca.


Não bate mais

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No interior de São Paulo, na década de 60, houve um juiz, João Ceves, que ficou famoso por seus "arranjos". Em Araraquara, certa vez, jogavam Ferroviária e Botafogo, de Ribeirão Preto e Ceves, disposto a ajudar o clube da casa, apitou um pênalti contra o Botafogo. O cobrador oficial da Ferroviária, que era o zagueiro Antoninho, desperdiça a cobrança. Mais alguns minutos, Ceves apita outro pênalti. Novamente Antoninho perde a cobrança. Quase no fim do jogo, mais um pênalti. Antoninho pega a bola, preparando-se para efetuar a cobrança, quando o árbitro toma a bola do infeliz, e o expulsa de campo, dizendo: "Aqui você não bate mais bosta nenhuma...". Peixinho bateu e marcou. Logo em seguida veio o final do jogo.


Frases de boleiros

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Comentário de Garrincha, durante a comemoração da conquista da Copa do Mundo em 58: - "Campeonatinho mixuruca, nem tem segundo turno!"


Garrincha, em 62 no Chile, reparando no uniforme dos ingleses: "Você viu, Didi? O São Cristóvão está de uniforme novo!"

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Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama mandado a família quando em excursão à Europa: - "Chegarei de surpresa, dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da Varig..."


O volante Mingão, do Noreste de Bauru, quando se candidatou a vereador, em um comício: - "Se eleito, prometo apedrejar todas as ruas da cidade..."


De Neném Prancha, roupeiro do Botafogo, e filósofo do futebol: - Craque é o Didi, que joga como quem chupa laranja".

Nunes (do Flamengo), deixando o campo contundido. O repórter pergunta se a contusão é grave. Ele responde: - "Não. Meu estado não inspira gravidez...".


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