O Londrina andou perto da vitória em Erechim e da possibilidade de chegar à segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série D. Depois de um primeiro tempo só se defendendo e garantindo o zero a zero, o Tubarão se encheu de coragem e partiu em busca da conquista dos três pontos, no segundo. Fez um gol e tudo parecia dar certo quando vieram os cinco minutos de desgraça dos comandados de Gilberto Pereira.
Foram cinco minutos onde tudo de ruim aconteceu e com uma rapidez incrível. O gol de empate, a expulsão de Silvio, a contusão de Borges e o gol da virada dos gaúchos. O treinador também colaborou para tal quando para cada atacante que entrava no Ypiranga ele colocava um zagueiro. O time foi todo para trás, ficou sem qualquer opção ofensiva e não suportou o bombardeio.
Resumo da história: o Londrina perdeu um jogo perfeitamente "ganhável" e fica sem chances de passar para a segunda fase do Campeonato. Não adianta falar na mínima chance matemática que ainda possui, pois dentro de campo ficou claro que tudo está perdido. Foi lamentável, pois se fosse consumada a vitória, seria outra conquista para entrar na história do clube e dar motivação para algo melhor ainda.
Agora a ordem é cumprir tabela contra a Chapecoense e o Naviraiense e, depois, partir para um novo e triste balanço.
E o futuro?
Assim que terminar sua participação nesse certame, no dia 8 de agosto, o Londrina ficará sem calendário até fevereiro de 2010 quando começará a Copa do Brasil. Depois virá o Campeonato Paranaense da Segunda Divisão, em maio. E só.
A Copa do Brasil será uma ilusão. A participação do Londrina nesse torneio poderá ser limitada a apenas uma partida, como aconteceu nos últimos anos com o Roma de Apucarana e com o J. Malucelli. Um torneio que deixa dúvidas quanto a validade de participação do LEC.
Parado dentro de campo, o Londrina terá que ser armar fora dele, na parte administrativa. O correto será aproveitar esse longo tempo sem "bola rolando" para recomeçar em sua administração.
O bom senso manda o presidente Peter Silva fazer um balanço completo, prestar contas de tudo e pedir ao Conselho Deliberativo que antecipe as eleições para que um novo grupo possa assumir e ter tempo hábil para a reconstrução.
Mas será preciso que o clube tenha administradores diferentes daqueles dos últimos tempos. Será preciso ter uma diretoria de competência e de estrutura moral capaz de puxar mais gente de responsabilidade para dentro do clube.
O Londrina não suportará mais uma gerência sem estrutura. Se for, de novo, comandado por pessoas que não têm as condições exigidas certamente morrerá. E como ninguém quer ver o "Tubarão morto", vamos esperar que esse ano de fracasso total seja o ponto inicial da recuperação. Que o Londrina possa renascer das cinzas.