As grandes seleções européias têm sido as maiores decepções da Copa. França, Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha, donos dos maiores clubes europeus estão mostrando que a excessiva importação de jogadores é nociva na hora de formar as seleções nacionais. Enquanto eles fracassam, os sul americanos, maiores fornecedores de craques para seus clubes, seguem invictos.
Amanhã tem Brasil
A Costa do Marfim tem um time forte na parte física e deve exigir muito mais do que a Coréia do Norte exigiu. Nosso time vai enfrentar uma situação diferente, mas creio que é franco favorito.
O parentesco na Copa
Um fato curioso na Copa: o parentesco entre jogadores ou treinadores. A Costa do Marfim, nosso adversário de amanhã, começa a lista com os irmãos Kolo e Yaya Touré.
O Paraguai veio com os irmãos Barreto, Diego e Edgard. A Eslovênia com os primos, os goleIros Samir e Jasmim Handanovic.
Gana conta com os filhos de Abedi Pelé, o maior jogador ganes de todos os tempos. São eles Ibrahim e Andrew Ayen.
Um fato curioso envolve os irmãos Boateng, Jerome e Prince, Nasceram na Alemanha, mas são de origem ganesa. Jerome defende a Alemanha enquanto Prince joga por Gana.
Na Argentina o parentesco pode ser considerado um caso de nepotismo: O meia Aguero é genro do técnico Maradona. Nos Estados Unidos a ligação de técnico com jogador é de pai para filho. Bob Bradley, o treinador, é pai do volante Michel Bradley.
No time de Camarões o veterano Rigoberto Song, de 34 anos, é tio do jovem Alex Song, uma das revelações da equipe.
O maior caso de parentesco, entretanto, quem mostra é Honduras. Nela estão os irmãos Jerry, Johnny e Wilson, todos da família Palácios.
A Costa do Marfim
O país está situado na Costa Oeste da África. Abidjan, a sua capital, um dia já mereceu o apelido de "Paris da África". Até hoje ela está ligeiramente à frente de suas irmãs da costa oeste do continente. Tem ruas asfaltadas, prédios grandes e outros sinais de progresso. Mas é também exemplo de decadência, de como a África pode fazer mal a si mesma.
Em agosto deste 2010 a Costa do Marfim completa 50 anos de independência da França. E o que aconteceu com ela desde então tem muito a ver com golpes, ganância, guerras de um país riquíssimo, mas que infelizmente ainda não conseguiu ser um só. É a história de uma nação que arruinou o próprio desenvolvimento e que não pode mais jogar a culpa simplesmente na colonização européia.
Hoje a Costa do Marfim está praticamente cortada ao meio. O centro-sul é do governo enquanto o norte fica com os rebeldes. Uma cisão que começou em 2002, mas que efetivamente não se resolveu até hoje. A conseqüência foi a estagnação de uma das economias mais prósperas do continente.
A guerra é o maior desafio do atual presidente, Laurent Gbagbo, que assumiu o cargo dois anos antes. Mas, ao mesmo tempo, ela o ajuda a se manter no poder. Já são dez anos sem eleições sob a justificativa da instabilidade política.
O presidente Gbagbo é muito esperto, muito habilidoso. Só vai deixar a população votar quando tiver absoluta certeza de que vai ganhar.
Era pra ter havido eleição em 2005, mas ela foi adiada por causa dos conflitos. Seria então no início de 2010, mas, dizem, agora deve ficar para 2011...