Está chegando a hora da bola rolar. África do Sul e México abrem a Copa aqui em Joanesburgo, no Soccer City, estádio que fica ao lado do Centro de Imprensa, onde estamos desenvolvendo o nosso trabalho.
A viagem até aqui foi muito tranqüila. Num A-340-600, novíssimo, da South África Airways, viemos juntos com duas personalidades de histórias extremas para o futebol brasileiro: O Rei Pelé, que nos deu alegria em 1958, 1962 e 1970, sem contar que foi o maior futebolista de todos os tempos – e o uruguaio Gighia, autor do gol que provocou o Maracanazzo, em 1950.
Também estavam no vôo os ex-craques Júnior e Casagrande, jornalistas brasileiros, argentinos e chilenos. Quanto a torcedores, muitos argentinos e poucos brasileiros.
Os sul africanos estão prontos para a Copa. Eles querem mostrar a imagem do país através do futebol.
É aqui, na África do Sul que começou a humanidade: os vestígios dos nossos antepassados são ainda visíveis em pegadas fossilizadas com mais de 80.000 anos e ainda as pinturas rupestres mais antigas do mundo.
A África do Sul é a força motriz de todo o continente africano, a economia mais avançada e diversificada, com infra-estruturas a condizer com qualquer outro país do chamado primeiro mundo, das nações industrializadas.
O país dispõe de auto-estradas ao longo dos 2.000 quilômetros do país, de Musina, lá bem em cima no mapa, até à Cidade do Cabo, lá bem em baixo. Recebe milhões de viajantes internacionais que desembarcam nos modernos aeroportos sul africanos todos os anos.
Cerca de dois terços da eletricidade de África é gerada aqui. Aproximadamente 40% dos telefones do continente estão aqui. Mais de metade da platina de todo o mundo e 10% do seu ouro estão nas minas deste país. E que agora desperta a atenção de todo o mundo ao sediar a Copa do Mundo de Futebol. A primeira no continente africano. A África do Sul está pronta para mostrar ao mundo a sua imagem, capaz de impressionar os homens de todos os continentes. Vamos acreditar!