Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Adoções diminuem enquanto aumenta a fila de espera

Chiara Papali - Folha de Londrina
28 abr 2002 às 18:05

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O número de adoções em Londrina está diminuindo gradativamente desde 98, quando bateu recorde. Naquele ano foram 104 crianças adotadas e, desde então, o número caiu para 55 adoções em 1999, 37 em 2000 e 33 adoções em 2001. Neste ano, até agora, foram adotadas sete crianças. Antes de 1998, a comarca de Londrina registrou 66 adoções em 1996 e 55 em 1997.

Para o Grupo de Apoio de Adoção de Londrina (Gaal), uma Organização Não Governamental (ONG) que tem entre os seus objetivos informar a população sobre as formas legais de adoção, é necessário detectar o que está acontecendo. ‘Estamos fazendo um levantamento para conhecer o perfil da família adotiva de Londrina e com isso poder direcionar o trabalho do grupo. Queremos descobrir o que aconteceu em 98, que estimulou tanto as adoções’, explicou a psicóloga Priscila Ticianelli, coordenadora da Gaal.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Para a promotora da Infância e Juventude, Édina Maria de Paula, a queda no número de adoções reflete a ‘insistência’ da promotoria para que os casais se cadastrem. ‘O que acontecia muito é que as pessoas não queriam passar por cadastro e ficar na fila, pegavam a guarda judicial da criança e depois entravam com processo de adoção. O que as pessoas têm que entender é que até mesmo uma gestação tem seu tempo de espera’, explicou. O processo de adoção em Londrina, segundo a promotora, leva de um ano a um ano e meio.

Leia mais:

Imagem de destaque
No Jardim Acapulco

Obra de drenagem em rua da zona sul de Londrina gera transtornos e apresenta falhas

Imagem de destaque
Com shows gratuitos

Distrito da Warta recebe 2ª Festa Rural neste final de semana em Londrina

Imagem de destaque
Nesta terça-feira (3)

Rompimento de rede prejudica abastecimento no distrito Guaravera em Londrina

Imagem de destaque
Práticas Educativas

Palestra nesta quarta em Londrina aborda cuidados com idosos com demência


Londrina também tem poucas crianças em condições de serem adotadas. De acordo com a promotora, hoje, apenas duas crianças, nenhuma delas recém-nascidas, já estão com os processos de adoção em fase de sentença. Na fila de espera para adotar uma criança estão 175 pessoas habilitadas de todo o País, incluindo a fila de Londrina, de 36 pessoas. ‘O processo precisa ser agilizado, porque enquanto se obedece a todos os trâmites legais, a criança cresce e fica dois, três, cinco, dez anos no abrigo’, avaliou.


Para a psicóloga Ana Paula Cruz de Queiróz, que trabalha no Fórum de Londrina com adoções, a própria mãe biológica muitas vezes estimula a adoção ilegal, a chamada adoção ‘à brasileira’, quando não manifesta seu desejo, frente ao juiz, de entregar o filho para adoção. ‘Há ainda uma séria resistência da mãe, é como se ela não confiasse que o juiz vai escolher a melhor família para seu filho. Por isso ela prefere entregar o filho para uma comadre ou uma vizinha e saber para onde ele foi. A probabilidade desse tipo de adoção dar errado é muito grande, porque não foi avaliado o perfil psicológico da família adotiva’, disse.

A escolha do sexo e da idade da criança é outro fator que emperra as adoções. ‘A maioria quer recém-nascido e de pele branca’, afirma Édina de Paula. De acordo com um levantamento prévio feito pela Gaal, a preferência da família adotiva de Londrina é por crianças com até dois anos. ‘Apesar da distinção de idade, não há distinção de sexo, as adoções foram bem distribuídas entre meninas e meninos’, disse Priscila.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo