O delegado-chefe da Polícia Civil do Paraná, Adauto Abreu de Oliveira, confirmou nesta sexta-feira que, até o final do ano, Londrina deve ganhar uma segunda unidade prisional para detentos à espera de julgamento.
De acordo com ele, o governador Roberto Requião (PMDB) se sensibilizou com a superlotação dos distritos na cidade e decidiu alterar o projeto original da Secretaria da Justiça, que contemplava a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) com as cinco primeiras unidades a ser entregues nesta gestão. Agora, serão quatro na RMC e uma em Londrina.
A segunda Casa de Custódia será construída em regime de urgência, afirmou o delegado-chefe, e deve ter o tamanho-padrão, com aproximadamente 400 vagas. No próximo ano, estariam garantidas as construções de outras duas unidades, em Umuarama e Cascavel.
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Oliveira veio a Londrina promover o Casa da Família da Polícia Civil, programa pioneiro no Estado, que pretende garantir boas condições habitacionais para 2.126 policiais (600 deles já se cadastraram) que recebem até R$ 1,8 mil. ''Percebemos que muitos perdiam sua autonomia para trabalhar pois moram em favelas e outros que se instalavam precariamente para viver na própria delegacia'', disse a idealizadora do projeto, a assessora de gabinete Marisa Abreu de Oliveira. Segundo Marisa, a meta é entregar até 180 unidades em 2003.
A Caixa Econômica Federal liberou financiamento de cerca de R$ 32 milhões para o programa. Cada casa custará R$ 15 mil e terá 63 metros quadrados. As taxas de juros serão de 6% anuais e o valor mais alto de prestação será de R$ 180,00. As moradias serão construídas em terrenos doados pelas prefeituras interessadas em fazer parte da iniciativa. As áreas serão divididas em lotes de 300 metros quadrados agrupados em condomínios.
''Próximo destes condomínios, o clima de insegurança será menor'', apontou. Já na noite desta sexta, o vice-prefeito de Ibiporã, Beto Baccarin, formalizou a doação de 19 mil metros quadrados, na Avenida dos Estudantes, no Loteamento Terra Bonita, onde serão erguidas 32 unidades, muitas destinadas a policiais de Londrina.
O investigador Amauri Padilha, que trabalhava e morava na delegacia de Porecatu (85 km ao norte de Londrina), se tornou símbolo da agilidade do programa. ''Era uma situação especial e decidimos começar a implementar o programa com ele'', disse Marisa. Ele recebeu a chave de uma casa de 49 metros quadrados e irá pagar prestações de R$ 55,00.