Depois do término das obras na Avenida Maringá, os comerciantes da região têm sentido dificuldades com as mudanças trazidas pela reforma. A falta de vagas para estacionar e o trânsito mais perigoso são as principais reclamações das pessoas que trabalham no endereço.
Alguns deles já constatam uma queda no rendimento dos estabelecimentos, por conta da diminuição da clientela na região. "Para quem só passa pela avenida, a reforma ficou ótima, porque melhorou a fluidez do trânsito. Mas, para quem trabalha aqui, a falta de estacionamento tem trazido muitos problemas. As pessoas deixam de comprar, por conta da dificuldade em estacionar", relata Cíntia Ladeira Handa, caixa de uma padaria localizada na Avenida Maringá.
As vagas de estacionamento que restaram na via são aquelas situadas nas calçadas de alguns estabelecimentos. Os comerciantes relatam que esses espaços não têm sido suficientes para atender à demanda na região. "Muitas pessoas, que não são clientes nossos, estacionam na vaga da calçada, destinada exclusivamente aos clientes. Isso tem afastado os nossos compradores. Acredito que essa questão precisa ser revista pelos órgãos responsáveis, porque os comerciantes não vão dar conta de se manter na avenida com essas condições", afirma a proprietária de uma loja de artesanatos, Solange Maria Silva.
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Outra dificuldade relatada pelos lojistas é a falta de espaços destinados à carga e descarga, para o reabastecimento de mercadorias. "Muitas vezes, os caminhões precisam parar em cima da calçada, ou em ruas paralelas para descarregar. Isso tem atrasado e dificultado muito esse processo", aponta Eni Raimundo, proprietária de uma casa de carnes.
Velocidade
Com o recape asfáltico, alguns comerciantes afirmam que a avenida se tornou mais perigosa, pelo aumento da velocidade dos carros. "A Maringá virou uma pista de corrida. Já presenciei duas vezes pessoas quase sendo atropeladas em frente à loja em que trabalho", reclamou o vendedor de uma loja de bicicletas da região, José Carlos Ferreira.
De acordo com o diretor de trânsito da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU), capitão Diógenes Gonçalves, o órgão já tomou conhecimento da insatisfação dos comerciantes. "Temos recebido muitas reclamações sobre o abuso da velocidade dos motoristas na região. Diante disso, a CMTU realizará ações de fiscalização, que devem ter início logo após o carnaval", afirma.
IPPUL estuda adequações
Em relação à falta de vagas para carga e descarga na avenida, o diretor de trânsito e sistema viário do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPUL), Alex Severo Alves, afirma que novos projetos estão sendo estudados para amenizar o problema. "A reforma foi realizada para melhorar o tráfego na região e, por isso, a retirada das vagas de estacionamento foi necessária. Ainda não temos previsão para que as novas adequações sejam concluídas, mas já estamos trabalhando para melhorar essa questão", esclarece.