A construtora Sanches Tripoloni, responsável pelas obras de duplicação da PR-445, reforçou a sinalização nos três trechos da rodovia em que o tráfego de veículos ainda não foi liberado. Entre 1º de julho e o início da tarde desta quarta-feira (20), sete acidentes foram registrados pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), Sérgio Selvatici, a construtora é responsável pela sinalização da via durante as obras, mas tem enfrentado dificuldades para manter os cones e placas no local. "O trecho está interditado, mas sempre tem alguém que mexe na sinalização. A empresa tem constatado que estão roubando os cones e ela tem registrado boletins de ocorrência. Isso tudo causa transtornos", afirmou.
Após questionamentos relacionados à estrutura da obra, a construção dos viadutos da PR-445 com as avenidas Waldemar Spranger e Dez de Dezembro e da trincheira no acesso à Guilherme de Almeida foi suspensa pela Justiça. Técnicos do Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal) e o promotor de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais, Paulo Tavares, verificaram possíveis irregularidades que poderiam comprometer a segurança da obra. "A gente pede que os motoristas não passem pelos trechos interditados ainda que o acesso, eventualmente, esteja aberto. Pode existir algum elemento que cause acidente", alertou Selvatici.
Conforme o superintendente do DER-PR, a Polícia Rodoviária Estadual vai reforçar a fiscalização no trecho da rodovia e a equipe estuda alternativas para melhorar a sinalização. A colocação de tubulações de concreto foi descartada, já que acidentes ainda mais graves poderiam ser registrados caso o alerta antes das tubulações fosse removido pela população.
A liberação das obras depende da análise da perícia realizada pela empresa Egel Engenharia, de Curitiba. Os trabalhos começaram em junho e o prazo termina em agosto. O promotor Paulo Tavares informou que o primeiro relatório referente à trincheira construída no acesso à Avenida Guilherme de Almeida foi repassado ao Ceal, que fez novos questionamentos à empresa de Curitiba. "As indagações foram respondidas e o documento foi encaminhado novamente ao Ceal", explicou o promotor. A expectativa é de que os relatórios com o resultado das perícias realizadas nos outros dois trechos da via sejam entregues ao Ministério Público nos próximos dias. "O tráfego na parte inferior do viaduto da Dez de Dezembro deve ser liberado na primeira quinzena de agosto", afirmou o promotor.
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"Isso precisa ser liberado logo. Sempre tem acidente por aqui. Tinha que ter pelo menos alguém fiscalizando o trânsito nos horários de pico", reclamou o motorista João Carlos dos Santos. Após a liberação das obras do viaduto, a construtora fará a reforma das marginais da PR-445.