Uma reunião entre representantes das Polícias Militar, Civil e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) na manhã de hoje (9) definiu ações conjuntas para tentar evitar novos atentados contra ônibus urbanos de Londrina. Uma das medidas é manter policiais à paisana em diversos ônibus para, eventualmente, flagrar o grupo.
Na madrugada e na noite de quinta-feira (8), dois ônibus foram completamente destruídos por um grupo de homens que ateou fogo nos veículos. O comando do Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) também participou da reunião, já que nos dois casos os criminosos deixaram bilhetes protestando contra suposta "opressão" na cadeia.
O modus operandi foi muito parecido: os incendiários embarcaram no coletivo e, em determinado ponto, renderam o motorista, mandaram os passageiros descerem e atearam fogo nos ônibus.
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Porém, o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Sérgio Barroso, destacou uma diferença fundamental entres as duas ações: "O primeiro grupo era composto basicamente por maiores, todos encapuzados: ninguém mostrou o rosto. Já o segundo incêndio foi cometido por um grupo de adolescentes e ninguém utilizava capuz", afirmou Barroso ao Bonde.
Porém, o delegado disse que as investigações levam em conta tanto a possibilidade de ação ser do mesmo ou, de o segundo caso, ser uma "brincadeira" de adolescentes com o objetivo de "apavorar ainda mais a polícia".
Barroso comentou que a Secretaria Estadual de Segurança Público irá encaminhar a Londrina agentes do COPE – Centro de Operações Policiais Especiais – para auxiliar nas investigações. "Além do trabalho preventivo, vamos intensificar ainda mais ações de inteligência com os homens que serão encaminhados a Londrina", disse o delegado. "São ações que passaram a preocupar a área de segurança, mas, muito pelo contrário, não nos intimidam".
O porta-voz do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente Ricardo Eguedes, disse que a corporação atuará para prevenir novos ataques. "Além dos policiais militares à paisana, vamos fazer abordagens em locais estratégicos, como terminais e pontos de ônibus em bairros", afirmou.