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Zona norte

Após surto, rapaz é morto pela GM em Londrina; Polícia Civil investiga

Viviani Costa - Grupo Folha
11 set 2019 às 13:51

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- Marcos Zanutto/Grupo Folha
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A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a morte de um rapaz baleado por guardas municipais na zona norte de Londrina na noite de terça-feira (10). Adriano Neris, 33, estava em surto psicótico quando foi atingido e morreu no local.

Conforme o secretário municipal de Defesa Social, Pedro Ramos, os guardas municipais deram apoio a equipe do Samu chamada para prestar atendimento ao jovem. Durante a tarde, a equipe médica já havia ido até a residência, mas o rapaz fugiu. Segundo Ramos, à noite a família acionou novamente o Samu e uma enfermeira chegou a ser ameaçada com uma faca. Os guardas municipais foram então chamados para auxiliar o atendimento.

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"Foi quando ele avançou contra um dos guardas no portão da casa. Nesse primeiro momento, foi feito o uso do equipamento não letal, o eletrochoque, mas não surtiu efeito. Apenas fez com que ele diminuísse essa agressão e se deslocasse para o interior da residência dizendo que iria matar as pessoas e depois iria se matar", detalha o secretário.

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Após algumas tentativas de diálogo com o rapaz, ele passou a atirar objetos contra as equipes. Ramos contou que facas, uma pá, materiais de construção e produtos inflamáveis foram jogados e a arma de eletrochoque foi utilizada novamente por um dos guardas.


O rapaz, porém, não teve a reação esperada. Em vez de permanecer imobilizado, Neris alcançou uma faca e atingiu um dos guardas na cabeça. Dois GMs dispararam contra o rapaz.

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"Foi feito novamente um outro uso de arma não letal contra ele nas pernas e, ainda assim, ele continuou investindo com a faca. Para preservar a vida dos guardas e de um parente que também interferiu na situação, foram feitos disparos de arma de fogo. Os médicos atenderam no local, mas ele morreu", relata.


Neris era usuário de drogas e a família teria relatado aos guardas vários episódios de agressão. Para o secretário, em uma avaliação preliminar, a equipe seguiu o protocolo e não teria havido excessos na ação. Ao todo, três disparos foram efetuados.

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"Quando você tem que usar uma arma de fogo, há várias técnicas de treinamento. Um disparo ou dois disparos. Um guarda fez um disparo. O outro fez dois. Simultaneamente. Esses dois disparos não foram excesso por si só. Foram dentro da técnica de tiro feita com Policiais Militares e Guardas Municipais", justifica. Conforme o IC (Instituto de Criminalística), Neris foi atingido no tórax, no braço, nas costas e na perna.


Os guardas envolvidos serão encaminhados para atendimento psicológico para verificar a necessidade de afastamento das funções.

"Internamente, vamos abrir um procedimento para que fique consolidado qual foi o ‘modus operandi’, as medidas que os guardas adotaram e a progressão da força que foi usada, não apenas para deixar bem claro para a população qual é o trabalho da guarda, mas para salvaguardar situações futuras, se eventualmente houve alguma falha no atendimento, poderemos corrigir no futuro", explica. O guarda ferido foi atendido no Hospital do Coração e liberado em seguida.


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