Garçons, músicos, donos de bares e comunidade contrária à chamada lei seca fizeram um manifesto na Concha Acústica (Centro) na tarde desta terça-feira. Eles acreditam que a iniciativa pode desencadear uma crise no setor e gerar desempregos.
Entre os presentes estavam representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel); Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro e Similares de Londrina; Sindicato dos Hotéis, Bares e Similares de Londrina e Região; Fórum Permanente de Cultura de Londrina e Fórum de Cultura do Paraná.
Antes do manifesto, sete audiências públicas foram realizadas para discutir o assunto na Câmara Municipal. O polêmico projeto de lei, de autoria dos vereadores Gláudio Renato de Lima (PT), Luiz Carlos Tamarozzi (PTB) e Paulo Arildo (PSDB), pretende diminuir a violência durante a madrugada, horário em que acontece o maior número de crimes.
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O presidente regional da Abrasel, Arnaldo Falanca, questionou a medida. ''A intenção (acabar com a violência) é boa, mas não dá para colocar debaixo do tapete um problema de segurança''. Segundo ele, o substitutivo do projeto, que obriga os estabelecimentos com permissão para funcionar 24 horas a oferecer segurança própria, contradiz posição adotada pelo executivo, contrário à instalação da guarda metropolitana. ''Me parece uma iniciativa eleitoreira e até hipócrita'', disse.
Falanca entende que Londrina vive um bom momento cultural, e que muitos bares da cidade abrem suas portas para este tipo de manifestação. ''É uma involução. Esta medida significaria um prejuízo não só para os bares, mas para a cidade'', argumentou. Ele lembra que cerca de 1,7 mil postos de trabalho podem estar ameaçados, além dos empregos indiretos.
Adilson Aparecido Cassiano, que trabalha como garçom há 10 anos, também critica a medida. ''Acho um absurdo esta lei. É condicionar o direito de ir e vir do cidadão, além de deixar muitos pais de família desempregados.''
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