A Câmara Municipal de Londrina vai destacar um grupo para conferir o encaminhamento que a Polícia Militar vem dando às denúncias de violência contra a população e retaliação aos membros da corporação. Essa foi a sugestão que o comandante do 5º Batalhão, coronel Robenson Máximo Fim, deu aos vereadores durante a sessão ordinária de ontem.
"Nenhum policial que participou do manifesto das esposas foi repreendido porque esta é a recomendação do comando geral. As punições só atingem aqueles que desrespeitam as regras. Quem tiver provas do contrário que nos procure. Não aceito denúncias anônimas", afirmou o comandante que prometeu revelar aos vereadores detalhes que não quis esclarecer em público.
As vereadoras Elza Correia (PMDB) e Márcia Lopes (PT) não estão satisfeitas com as respostas dadas pelo coronel. Elza disse que acredita na veracidade das denúncias, mas duvida que o coronel "abra o jogo". "Ele não respondeu qual é a situação geral do efetivo, não admitiu a truculência da Rone e não falou nada sobre o policiamento rural. Promessa de melhora no serviço a partir da reciclagem é muito pouco", acrecentou Márcia.
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Durante o discurso do comandante seis moradores do Jardim Parigot I (zona norte) estenderam cartazes de protesto contra o medo disseminado pelos policiais militares. O pintor de carros, Ailton José de Alcântara, afirma que ele e mais cinco homens apanharam injustamente dentro de uma lanchonete no bairro no último dia 2. "Eles deram tapas, chutes e até tiros de borracha em qualquer um que reclamasse. Não sabemos o motivo desse abuso e queremos justiça. Se não fizermos nada, corremos o risco de sofrer o mesmo no futuro", alegou o pintor que prestou queixa às polícias Civil e Militar. O coronel Fim não comentou o caso e se limitou a dizer que todas as reclamações contra os policiais são investigadas e que a demora faz parte do processo burocrático.