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Instalação provisória

Casa Abrigo para vítimas ameaçadas precisa de verba para reforma

Samara Rosenberger - Equipe Bonde
28 mai 2014 às 17:10

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A Secretaria Municipal de Políticas Para as Mulheres busca recursos federais a fim de viabilizar a reforma da Casa Abrigo. A residência está fechada desde maio de 2013 devido a problemas estruturais. A Secretaria de Obras constatou rachaduras e interditou o imóvel.

De acordo com a secretária da Mulher, Sonia Medeiros, a decisão de sair do imóvel foi baseada nos princípios de segurança. "A casa já tem nove anos e apresentava vários problemas. Chovia demais dentro dos cômodos e não podíamos colocar em risco a vida de mulheres, crianças e funcionários", salienta.

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Ainda segundo ela, o custo da reforma está orçado em R$ 80 mil. "Ano passado mandamos três projetos para Brasília, mas não conseguimos receber o recurso. Este ano, enviamos novamente e estamos aguardando a abertura das chamadas", revela.

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Caso não haja liberação, a gestora pretende recorrer aos cofres municipais, contudo, a verba só seria incluída no orçamento do ano que vem.

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Enquanto isso, a Prefeitura alugou uma residência menor para comportar a demanda. A secretária afirma que não houve prejuízo no atendimento. "A reforma não é uma necessidade emergencial, pois estamos bem instalados", garante. Ainda assim, ela destaca que um lugar maior estaria dentro das condições ideais.


O imóvel atual tem três quartos com capacidade máxima para 15 pessoas. O prédio que está fechado para reforma possui quatro quatros e pode receber mais de 20 mulheres e crianças.

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Como funciona?


Inaugurada em 2004, a Casa Abrigo funciona em um endereço sigiloso para onde são levadas as mulheres que continuam recebendo ameaças dos agressores. Além de Londrina, o local atende outros 27 municípios.

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A gerente especial de proteção da Mulher, Marlene Izidorio do Nascimento explica que, para receber a proteção especial, é preciso representar contra o agressor na Delegacia da Mulher e, posteriormente, permitir a instauração de inquérito para dar prosseguimento às medidas judiciais previstas na Lei Maria da Penha.


No ano de 2013, por exemplo, a administração da Casa Abrigo registrou 240 novos casos. De janeiro a abril deste ano, 14 mulheres deram entrada pela primeira vez, muitas vezes, acompanhadas dos filhos. No local, elas recebem atendimento psicológico, assistência social e de saúde. "Também fazemos o encaminhamento jurídico necessário", afirma a gerente.


Porém, antes de ser encaminhada para a Casa, a mulher precisa se dirigir até o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CAM), onde ocorre a primeira acolhida. "Se o caso for grave, fazemos o encaminhamento à Casa Abrigo", completa Patrícia Raboni, gerente do CAM.

Por mês, o CAM registra uma média de 30 novos casos. Desde a inauguração, foram realizados mais de 40 mil atendimentos. "É fundamental procurar ajuda para romper com a violência", ressalta. O CAM funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na avenida Carlos Gomes, 143.


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