Uma cena que prometia estar sepultada no passado do aterro sanitário de Londrina (Zona Sul) poderá ser vista novamente, caso não seja encontrada uma saída rápida para a crise financeira que castiga os coletores de material reciclável da cidade, que afirmam não conseguir suportar mais os baixos preços pagos pelos compradores.
Parados desde o início da manhã desta segunda-feira (10), trabalhadores dos 18 grupos associados à Central de Pesagem e Vendas (Cepeve) ameaçaram retomar o garimpo no aterro, porque o Município não acenou com ajuda e ainda decidiu fazer por conta própria a coleta do lixo nas casas.
A presidente da Cepeve, Sandra Araújo Barroso Silva, criticou a iniciativa da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de colocar os caminhões para recolher o lixo reciclável. Ela reclamou ainda que desde novembro de 2004 a Cepeve vem buscando apoio e ajuda da Prefeitura mas nunca obteve sucesso.
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A crise vivenciada pela Cepeve também atinge as Organizações Não-Governamentais (ONGs) autônomas que atuam no comércio de material reciclável.
A desvalorização do material reciclável que acontece desde julho do ano passado atingiu níveis insustentáveis, segundo a Cepeve. O quilo da garrafa plástica que chegou a ser comercializado a R$ 1,40 não passa de R$ 0,45. Já o da lata de alumínio, que atingiu R$ 4,10, hoje não chega a R$ 2,50. O quilo do papelão, que era vendido a R$ 0,37, não supera os R$ 0,17 atualmente.
>> Outros detalhes na Folha de Londrina desta terça-feira, em Cidades.