A Comissão de Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Londrina resolveu adiar por uma semana a votação do projeto apresentado pelo vereador Boca Aberta (PR) que determina o ressarcimento, por parte da Escola Profissional e Social do Menor de Londrina (Epesmel), a motoristas que tiverem os carros danificados, roubados ou furtados em vagas da Zona Azul, serviço mantido pela entidade assistencial em Londrina. A cobraça seria feita mediante alteração na Lei 10.914, que estabeleceu o estacionamento regulamentado de veículos automotores.
Quando teve a oportunidade de falar, Boca Aberta questionou a arredacação da Epesmel através da Zona Azul e defendeu uma fiscalização mais rigorosa. O argumento foi rebatido pelo vereador Jamil Janene (PP), que lembrou o auxílio prestado para 1500 crianças e adolescentes em situação de risco social. Janene sugeriu que a Epesmel enviasse à Câmara informações sobre a destinação dos recursos, mas o presidente da Comissão de Justiça, Filipe Barros (PRB), decidiu agir de forma mais ágil. "Suspendemos a deliberação até a próxima segunda-feira, quando a Epesmel terá oportunidade de se manifestar", disse em plenário.
A sugestão foi acatada pelos integrantes da CCJ e Boca Aberta. Segundo ele, "a iniciativa é justa para o condutor, que corre o risco de ter o bem destruído com a ação de ladrões. Se você está pagando por um serviço, nada melhor do que ter uma contrapartida". Quem usa as vagas da Zona Azul paga R$ 1,70 por hora estacionada. Em alguns lugares, o tempo máximo de permanência é de duas horas, podendo chegar a até quatro em outros locais.
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O projeto foi motivo de contestação do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização (Sindiurbano). O presidente do órgão, Valdir Mestriner, observou, em entrevista ao Portal Bonde, que "o usuário não paga pela guarda do carro, mas sim pela rotatividade. No setor público, não há como o fiscal exercer esse tipo de vistoria. Ele não é contratado para tal função".