A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social para pedir que os guardas municipais sejam utilizados na orientação do trânsito de Londrina. Só assim, de acordo com a companhia, o município vai conseguir resolver pelo menos parte do déficit de pessoal da diretoria de Trânsito da CMTU.
Relatório divulgado amplamente pela imprensa no início da semana mostra que o setor conta com apenas 65 agentes, 200 a menos que o ideal. Há, ainda, problemas de desvio de função: pelo menos 50 servidores, que, na teoria, deveriam estar fiscalizando o trânsito, trabalham no processamento de multas e no monitoramento dos ambulantes e da Lei Cidade Limpa. "Não temos tempo hábil para a realização de um concurso público. Por isso pretendemos contar com a ajuda dos guardas, que não têm formação para aplicar multas, mas podem muito bem ajudar na orientação dos motoristas", explicou o diretor de Trânsito da CMTU, capitão Diógenes Gonçalves.
O convênio entre companhia e Secretaria de Defesa Social precisa ser analisado e aprovado pelos órgãos jurídicos do município.
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Situação caótica
O déficit de pessoal é apenas um dos diversos problemas enfrentados pela diretoria de Trânsito da CMTU. O relatório divulgado na segunda (12) mostra uma situação caótica. O setor não tem estrutura e nem dinheiro para investir em melhorias.
Gonçalves reconheceu os problemas, mas adiantou que nada será feito neste ano. O documento, segundo ele, vai ser deixado de herança para a próxima administração. "A falta de tempo nos impede de pensar em soluções", limitou-se a dizer.