A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) registrou 74 mortes no trânsito de Londrina, de janeiro a outubro deste ano. No mesmo período de 2016, foram 75 mortes, ou seja, o número em 2017 teve uma leve queda de 1%. Os dados são do Placar do Trânsito, levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) pela CMTU.
Das 74 mortes, 30 foram de motociclistas. Em relação ao ano passado, houve queda de 6% no número de mortes. Vinte mortes foram por atropelamento, e 24, por acidentes entre automóveis. Cinquenta e seis mortes foram de homens e 18 de mulheres. A maioria das vítimas tinha entre 31 e 59 anos, seguidas pelas vítimas entre 18 e 30 anos. Trinta e quatro pessoas perderam a vida ainda no local do acidente, 25 morreram nas primeiras 24h, após atendimento médico, e outras 15 morreram após o período de 24h.
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A via considerada mais perigosa e letal é a Avenida Saul Elkind, com oito mortes. Em seguida, estão as avenidas Dez de Dezembro e a Leste-Oeste, que registraram três e duas mortes, respectivamente. Das rodovias estaduais e federais que cortam Londrina, a PR-445 aparece no topo, com 15 registros, e a BR-369 contabiliza sete mortes.
Autuações
Entre janeiro e outubro, 157.164 autuações foram emitidas na cidade por agentes da CMTU, da Polícia Militar (PM) e pelos aparelhos de monitoramento eletrônico instalados nas ruas e avenidas. Foram 73.422 infrações de excesso de velocidade, 49.855 lançadas via talonário eletrônico e 13.110 flagradas pelos aparelhos que fiscalizam avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres. Outros 20.777 registros são atribuídos à atuação da Polícia Militar (PM) e a não identificação de condutor infrator.
Exceder a velocidade máxima da via em até 20% continua a ser a irregularidade mais cometida pelo motorista londrinense, com 54.816 casos verificados. Furar o sinal vermelho vem em segundo lugar no rol de infrações, com 13 mil ocorrências, e deixar de utilizar o cinto aparece em terceiro, com 12.334 episódios.
Intervenções
Para tentar conter os motoristas mais apressados e diminuir o número de atropelamentos, a companhia solicitou ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) um projeto de travessia elevada em frente ao Estádio do Café, na Avenida Henrique Mansano. O local de passagem está processo de implantação pela Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, e depois de finalizada a faixa receberá sinalização.
Situação similar está em desenvolvimento na Avenida Saul Elkind, também na zona norte, onde a companhia iniciou, no último dia 7, a readequação das sinalizações de velocidade máxima permitida. Além da padronização do limite em 50 km/h, a via tem recebido revitalização dos pontos críticos e ganhado placas e pinturas no asfalto informando sobre a presença de radares. A expectativa é que, com a conclusão do trabalho na avenida, a CMTU esteja apta a utilizar a fiscalização eletrônica para conter os que abusam do acelerador.
Segundo o diretor de Trânsito da companhia, Hemerson Pacheco, os esforços realizados pelo poder público para diminuir a violência viária precisam ser acompanhados de uma mudança de comportamento por parte dos motoristas. "Não adianta a gente incrementar o serviço de sinalização ou colocar mais ficais nas ruas. Tais medidas são importantes e necessárias. No entanto, elas não são suficientes, por si só, no combate aos acidentes e mortes. É preciso que cada ator envolvido na dinâmica das vias tenha consciência do seu papel nesse contexto."