O Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) e o Londrina Convention & Visitors Bureau correm contra o tempo para firmar um convênio e realizar mais uma edição do Natal do Amor. A Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) também tenta viabilizar o evento com o objetivo de atrair milhares de visitantes da região metropolitana e alavancar as vendas de fim de ano.
O diretor de turismo da Codel, Altemir Lopes, explicou que o tempo é curto para que sejam feitas licitações. Por isso, a forma encontrada para promover a festa foi o convênio que deve ser firmado pelo período de um mês. "O Convention Bureau já está providenciando a documentação para agilizar o trâmite burocrático", contou o diretor. O material vai ser analisado pelo Conselho de Licitações da prefeitura, que vai conferir os valores apresentados pelo Convention.
A Acil, segundo Lopes, já realiza estudos técnicos para verificar o que vai ser necessário para a realização das comemorações. O diretor de turismo destacou que assumiu o cargo no dia 16 de outubro. Desde então, deu início às negociações para viabilizar a festa. "A prefeitura ganhou um fôlego com a aprovação do Profis", disse. O Programa de Recuperação Fiscal já renegociou R$ 94 milhões em dívidas antigas dos contribuintes.
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Além da situação financeira, o desafio neste ano está relacionado à decoração. Nas edições anteriores, representantes da sociedade civil e empresários se uniram para arrecadar garrafas PET e promover oficinas nos bairros de Londrina. Flores, anjos e outros desenhos fabricados com o material foram colocados nos principais pontos da cidade. A intenção do município é buscar novas parcerias com empresas que ajudem a promover o Natal do Amor. "A gente espera resolver a questão até o final desse mês", ressaltou Lopes.
Nesta sexta-feira, uma equipe formada por representantes da prefeitura e da Acil vão até o barracão do antigo IBC para verificar o que pode ser reaproveitado da decoração utilizada no ano passado. "A expectativa é que até 200 mil pessoas visitem Londrina durante o mês de dezembro. Toda a cidade ganha com isso, desde o vendedor de pipoca até o vendedor de carro", justificou.
O diretor executivo do Londrina Convention & Visitors Bureau, Diego Menão, afirmou que as questões ligadas ao convênio estão bem adiantadas. Conforme ele, "o processo é bastante complexo, trabalhoso e precisa ser executado dentro da legalidade". Menão reforçou que é preciso uma contrapartida da iniciativa privada. O comitê gestor do Natal do Amor, que tem a participação de representantes da prefeitura, do Convention Bureau, da Acil, da Abrasel e da Ayoshi, também deve colaborar. "Nós vamos fazer o máximo possível para que Londrina possa ter a programação do Natal", disse o diretor executivo.
A expectativa é que o convênio seja firmado já na próxima semana. "Precisamos buscar fornecedores. As empresas se programam com antecedência e temos que correr atrás de produtos em estoque. A praça Tomi Nakagawa também precisa de pequenos reparos antes da festa", completou Menão.
Recursos
A prefeitura mantém o contingenciamento para reduzir os gastos públicos, mas a festa contou com um reforço por meio de um projeto de lei aprovado na Câmara. Os vereadores autorizaram, nesta terça-feira, o remanejamento de R$ 430 mil que seriam utilizados em programas das áreas industrial e de desenvolvimento econômico.
O projeto foi aprovado de forma rápida. Dos 18 vereadores que estavam presentes, apenas Ivo de Bassi (PTB) foi contrário a proposta. Fora do plenário, ele alegou que a prefeitura passa por dificuldades financeiras e que o montante deveria ser utilizado para investimentos em outros setores. Apesar da aprovação, o diretor de turismo da Codel, Altemir Lopes, declarou que isso não significa que todo o montante vai ser utilizado na promoção do evento.
Ano Novo
Para a festa do Reveillon, Lopes contou que ainda há tempo para lançar os editais de licitação. Ao todo, cinco editais devem ser abertos nas próximas semanas para a contratação de empresas responsáveis por fornecer estruturas de palco, iluminação, banheiros químicos, além das atrações musicais e do show pirotécnico promovido no Lago Igapó. O diretor de turismo não mencionou o montante disponível para a promoção da festa de ano novo.