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Incentivo à fraude

Confepar fornecia fórmula para adulterar leite, acusa MP

Redação Bonde
24 mai 2013 às 08:59

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- Marjuliê Martini
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O promotor responsável pela Operação Leite Compen$ado, Mauro Rockenbach, afirmou em entrevista à rádio Terra Nativa que a empresa londrinense Confepar participava diretamente do esquema de adulteração de leite no Rio Grande do Sul.

"A empresa não só comprava leite, como também fornecia a fórmula e incentivava a fraude. Tenho contranotas da Confepar que me remetem a outubro do ano passado. Leite que saia de um dos postos interditados foi entregue na Confepar", garantiu o promotor.

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Rockenbach afiram que 11 laudos com análise de 113 mil litros que seriam enviados a Londrina deram resultado positivo para formol. "Isto é uma amostragem, apenas uma parte do leite que seguia para Londrina. Um dos produtores transportava para a cidade 20 vezes por mês com 25 mil litros na carga".

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Na quarta-feira (22), o transportador Antenor Pedro Signor, preso na Operação Leite Compen$ado, aceitou a delação premiada e entregou parte do esquema. Ele deu detalhes de como funcionava a fraude e afirmou que em apenas uma oportunidade a Confepar, união de cooperativas no Paraná que recebia o leite adulterado, rejeitou a carga transportada por ele. Em todas as demais o produto com adição de água e ureia foi aceito pela indústria de Londrina.

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Antenor Pedro Signor disse que até dezembro de 2012 transportava leite para a indústria Latvida. Em função de problemas com essa empresa, o que ocasionou um prejuízo considerável a sua transportadora, passou a negociar com uma concorrente. Nesse meio tempo, Daniel Riet Villanova, responsável pelo posto de resfriamento em Selbach e preso na primeira fase da operação, se apresentou ao transportador como técnico da Confepar manifestando interesse em ficar com as suas rotas de produtores, inclusive propondo pagar mais do que a concorrência.


Após aceitar a proposta de Daniel Riet Villanova, Antenor Pedro Signor começou a transportar leite para o posto de resfriamento de Selbach em 20 de janeiro deste ano. Conforme confirmou esta tarde ao MP, dez dias depois ele começou a utilizar uma fórmula de adulteração repassada por um conhecido.

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Posteriormente, o próprio Daniel Villanova apresentou a mesma fórmula e sugeriu sua utilização, dizendo que nenhuma análise detectaria a adição de água. Ela consistia em adicionar 70 litros de água e 300 gramas de ureia ao leite. Segundo informado por Signor, de cada 30 cargas de leite mensais ele adulterava 20. Em média eram mandados para Selbach 600 mil litros do produto alimentício a cada 30 dias.


Antenor Pedro Signor também confirmou que todo leite entregue no posto de resfriamento de Selbach era da Confepar, tanto de seus caminhões quanto de outros transportadores. O depoente ressaltou, ainda, que a mistura de água e ureia era adicionada ao leite depois da coleta junto aos produtores e colocada em todos os tanques, não separando leite de boa qualidade do adulterado. Ele informou ao MP que quando havia fiscalização do Ministério da Agricultura era avisado tanto por Daniel Riet Villanova como pela funcionária Nathália para desviar a rota.

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Segundo Antenor Pedro Signor, quando da contratação, o valor do litro de leite teria sido negociado com o Chefe dos Técnicos de Campo da Confepar. Ele revelou, inclusive, que em 8 de maio, recebeu uma ligação desse representante da cooperativa do PR ordenando que uma carga deveria ser desviada para outro posto em São Martinho.


Resposta:
Em nota enviada à imprensa, a Confepar fala em estratégia da quadrilha para desviar a atenção.

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"Frente às afirmações feitas por Antenor Pedro Signor, e divulgadas em nota por meio do Ministério Público do Rio Grande do Sul, temos a dizer que são infundadas e a nosso ver trata-se de uma estratégia da quadrilha responsável pela adulteração do leite no Rio Grande do Sul, buscando desviar a atenção da mídia e da investigação, para as indústrias.


Estamos entrando em contato com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, para que possamos apresentar a nossa defesa.

As análises feitas diariamente por nós e pelo Ministério da Agricultura com o nossos produtos confirmam a integridade dos mesmos. Portanto, continuamos a afirmar aos clientes e consumidores que nossos produtos podem ser consumidos com a mesma segurança que garantimos há mais de 30 anos".


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