O coletivo Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG), em parceria com a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPM) de Londrina, promoverá, na próxima segunda-feira (15), o debate on-line "Condição de Trabalho e Desafios das Mulheres na Pandemia”. Transmitido a partir das 19h, na página de Facebook do coletivo, o evento faz parte da programação do Mês da Mulher, que é organizada pela Prefeitura de Londrina, por meio da SMPM.
A discussão contará com a participação de duas integrantes do EIG: a empresária e contabilista Analita Soto, de Londrina; e a advogada e empreendedora Daniela Leitão, de São Paulo. Também integrará o encontro a assistente social e coordenadora da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual de Londrina, Sueli Galhardi.
O objetivo é debater situações comumente enfrentadas pelas mulheres durante a pandemia da Covid-19, levantando problemas e soluções a partir de diferentes perspectivas. De acordo com a secretária municipal de Políticas para Mulheres, Liange Doy Fernandes, trata-se de um diálogo fundamental no contexto atual. "Essa discussão é essencial, pois diversos estudos concluíram que a pandemia afetou de forma mais significativa as mulheres, que foram atingidas pela sobrecarga de trabalho, acentuando ainda mais as desigualdades de gênero. Falar sobre isso contribui para a reflexão sobre a importância das políticas públicas na promoção de estratégias para o enfrentamento dessas desigualdades”, frisou.
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A teóloga, professora e coordenadora estadual do EIG no Paraná, Vanessa Carvalho de Mello, explicou que, no período da pandemia, um grande número de mulheres precisam lidar com limitações e retrocessos decorrentes do maior tempo que passam no ambiente doméstico. "Ao permanecer por mais tempo em casa, várias mulheres sofrem agressões dos parceiros, ou têm que conviver com homens que não ajudam nas tarefas domésticas. Além disso, a jornada de muitas mulheres passa a ser dupla ou tripla, pois elas acabam sendo forçadas a cuidar do trabalho remoto, das tarefas domésticas e das outras pessoas da família. Essas situações representam sérios obstáculos aos avanços sociais, legais e constitucionais obtidos nas últimas décadas”, disse.
Atuação – Fundado em âmbito nacional, em 2015, o coletivo Evangélicas pela Igualdade de Gênero tem o objetivo de abordar a religião a partir de uma perspectiva feminista, crítica e plural, dando voz, respaldo e assessoramento às mulheres que são oprimidas no ambiente religioso.
O movimento conta atualmente com 130 membros, entre mulheres e homens. Possui frentes de trabalho em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Espírito Santo e região norte do Brasil. Em Londrina, o grupo está ativo desde 2019 e é formado por 17 integrantes, fazendo parte do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) e da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra as Mulheres.
Anualmente, durante o mês de março, o EIG realiza diversas atividades relacionadas às lutas e direitos das mulheres. Quem desejar saber mais sobre a programação deste ano, que é inteiramente on-line, pode acessar a página de Facebook do grupo ou a conta no Instagram.