Já faz algumas semanas que a dona de casa Ketelyn Dayara Moraes consegue dormir e acordar tranquila, com a certeza de que em breve terá um lugar para chamar de seu. “Quando recebi a notícia fiquei muito feliz. Estava passando um momento difícil, mas agora está melhor, sabendo que meus filhos vão ter um lar e que não vou ter a preocupação de ser despejada”, afirmou.
Ketelyn foi contemplada com a construção da casa própria por meio de uma doação feita por uma pessoa física, que preferiu o anonimato. O imóvel, que está em fase final de edificação, tem dois quartos, sala, cozinha e banheiro e fica no lote urbanizado Jequitibá, nos fundos do São Jorge, na zona norte de Londrina. “Morava numa casa de lona no Aparecidinha, que em 2021 foi abaixo com as chuvas. Fui morar de favor, não deu certo e desde então pago aluguel, dinheiro que acabo tirando da ‘boca das crianças’, mas que vai poder voltar.”
A dona de casa tem três filhos, de dois, cinco e sete anos, e está grávida de oito de meses de Evelyn. Um dos filhos é cadeirante. “A casa foi planejada para o meu filho. A casa onde estou hoje não cabe a cadeira dentro. Na nova o banheiro é grande para quando ele crescer”, celebrou. A londrinense precisará pagar, posteriormente, apenas pelo terreno – de 200 metros quadrados –, que terá subsídio do município e parcelas com valor abaixo dos R$ 200 por mês.
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A iniciativa que beneficiou Keletyn faz parte do projeto “Selo Amigo da Habitação Social”, lançado oficialmente nesta terça-feira (26) pela Cohab (Companhia de Habitação de Londrina). O objetivo é incentivar empresas e a população em geral a doarem materiais de construção, padrão de energia elétrica, serviço de assistência técnica para execução de unidade habitacional, cursos gratuitos de capacitação para autoconstrução, mão de obra e outros materiais ou ações que permitam a edificação da moradia.
Quem ajuda pode receber o “selo”, que é placa simbólica de agradecimento. “Quem tem o recurso, mas não sabe como doar, também estamos à disposição. Não recebemos o dinheiro, mas fazemos toda a mediação com a empresa que faz a construção. A pessoa faz diretamente o contrato com a empresa, que vai construir a moradia e negocia”, explicou Edna Braun, da gerente do setor de Assistência Social da companhia.
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