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Falta de segurança

Em protesto, agentes param cadeias no Paraná

Loriane Comeli - Redação Bonde
13 out 2009 às 15:26

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Agentes penitenciários de todo o Paraná cruzaram os braços na manhã de hoje e mantêm apenas serviços de vigilância emergencial dentro das unidades carcerárias do estado. A paralisação é em protesto contra o assassinato do agente penitenciário Walter Giovani de Brito, 26 anos, na madrugada desta segunda-feira (12); outro agente, Bruno Mazzini da Silva, 26, ficou gravemente ferido. A categoria contabiliza o assassinato de seis agentes nos últimos quatro anos e, por isso, pede mais segurança interna, nas cadeias, e externamente, deseja obter licença para portar arma.

"Estamos mantendo apenas os serviços emergenciais: escoltando presos para audiência e faremos o transporte para o hospital em caso de emergência médica. E também vamos distribuir a alimentação", disse um agente que preferiu não ser identificado. A condução interna de detentos para atendimento psicológico, assistencial e judiciário não está sendo feita.

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Um grupo de agentes está concentrado agora pela manhã na frente do Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina (CDR), onde trabalhava Walter. "Os agentes da Penitenciária Estadual (PEL) e da Casa de Custódia também estão aqui participando do protesto".

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O mesmo agente disse que outras cadeias do Paraná também paralisaram parcialmente as atividades. "Sabemos que o protesto está sendo realizado em diversas unidades, principalmente em Curitiba, já que o Walter veio transferido da capital para Londrina".

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Segundo ele, os diretores das prisões em Londrina estão pressionando pelo fim do movimento, afirmando que vão pedir à Secretaria de Justiça e Cidadania (SEJU) abertura de comissão de sindicância contra os agentes paralisados. A assessoria de imprensa da SEJU disse que o secretário, talvez, encaminhe nota oficial sobre a morte do agente e a paralisação na tarde desta terça-feira (13), já que agora pela manhã está na "Escola de Governo", com o governador Roberto Requião.


O crime

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Walter de Brito foi morto com três tiros quando estava na frente de um bar na Avenida Santos Dumont, no Jardim Aeroporto, em Londrina. Bruno Mazzini foi ferido com disparos. E Levindo Custódio Júnior, 34, que também é agente penitenciário do CDR e que estava junto, reagiu ao atentado e atirou contra o agressor, Juliano Jadson Lima dos Santos, 21, ferindo-o.


Juliano passou pelo local em uma motocicleta Honda Fan e, informações preliminares da polícia, davam conta de que ele seria ex-presidiário e o atentado seria para vingar-se dos agentes. No entanto, hoje os agentes disseram que Juliano jamais esteve no sistema prisional – foi apenas detido em distrito policial – e teria agido a mando de algum criminoso. "Acreditamos que o atentado tenha sido uma retaliação pelo fato de serem agentes penitenciários", comentou o agente que não quis se identificar. "Temos informações que o homicida foi contratado por alguém para fazer "o serviço".


O policiamento no Hospital Universitário, onde está internado Juliano, foi reforçado, porque haveria suspeita de que o suposto mandante do crime tentaria matá-lo no hospital.

Walter, Bruno e Levindo moravam juntos em uma "república". Os três trabalhavam no CDR. Bruno passou por cirurgia e não corre risco de morte, mas não sabe que o amigo perdeu a vida. Levindo, após atirar contra Juliano, foi detido por porte ilegal de arma.


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