O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) finaliza, nesta semana, o terceiro inquérito relacionado ao esquema de exploração sexual de menores descoberto em Londrina no dia 13 de janeiro, quando o auditor da Receita Estadual, Luiz Antônio de Souza, foi preso em um motel da região sul da cidade na companhia de uma adolescente de 15 anos. Também é suspeito de participar do esquema o fotógrafo e ex-assessor do Governo do Paraná, Marcelo Caramori, detido pelo Gaeco na última quinta-feira (29). De acordo com as investigações, ao menos 14 adolescentes mantiveram relações sexuais com os dois suspeitos. "Onze com o Luiz Antônio e três com o Marcelo", detalhou o delegado do Gaeco, Hernandes Cezar Alves, em entrevista ao Bonde nesta quarta-feira (4).
O Gaeco também já identificou quatro jovens que intermediavam o programa entre as adolescentes e os acusados. Uma delas, identificada como Carla de Jesus, de 19 anos, é irmã da menor encontrada com o auditor fiscal no motel no dia 13 de janeiro. Ela estava no local e também foi detida pelo Gaeco. "As outras três agenciadoras estão cooperando com as investigações e, por isso, estão tendo os nomes mantidos em sigilo", explicou Alves.
O delegado do Gaeco adiantou, ainda, que há indícios de que outras pessoas participavam do esquema de exploração sexual, mas desconversou quando questionado se a prática criminal fazia parte de uma rede maior de prostituição. "Ainda é muito cedo para falar. Estamos investigando".
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Alves disse, ainda, não saber se outras pessoas envolvidas no esquema serão presas nos próximos dias. "Estou focado em um inquérito em que os suspeitos já estão detidos".
O auditor fiscal já foi indiciado pelo Gaeco por exploração sexual e estupro de vulnerável. Os dois casos foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público (MP).