Estudantes londrinenses que se inscreveram para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023 e foram selecionados para fazer a prova no Colégio Doutor Heber Soares Vargas, no Jardim San Izidro, na zona Leste, se dizem preocupados com os protestos concentrados em frente ao Tiro de Guerra, a uma quadra do local da prova. Os manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem uma vigília e aos finais de semana têm promovido buzinaço em frente ao quartel.
Embora seja uma manifestação pacífica, Rafael Camargo, que é irmão de um estudante que irá fazer a prova, disse acreditar que o elevado número de pessoas que passam buzinando, gritando palavras de ordem e cantando hino nacional poderá atrapalhar o andamento da prova. "Além de tumultuar um pouco o trânsito e dificultar a chegada dos estudantes ao local, a maior preocupação gira em torno da concentração durante a prova, visto que são 90 questões mais a redação, em uma prova extremamente cansativa e que pode, dependendo do desempenho do indivíduo, conceder uma vaga em universidades publicas por todo o país."
Segundo ele, o irmão de 17 anos aguarda a prova com ansiedade, na expectativa de conseguir alcançar uma vaga na universidade. "Ao ver a angústia dele sobre o contexto da manifestação a poucos metros do seu local de prova, não vimos outra saída se não pedir bom-senso e tentar gentilmente pedir que o movimento mude de lugar. O meu intuito não é bater de frente com a manifestação. Queremos apenas que meu irmão e os demais que farão o Enem não sejam prejudicados."
Leia mais:
The Golden Livers e Os Céticos promovem show underground nesta sexta-feira em Londrina
Colisão lateral entre carro e caminhonete deixa cinco feridos em Londrina
Índice de inadimplentes caiu 23% no mês de setembro em Londrina
Com dúvida e apoio da torcida, Londrina EC embarca para decisão em Minas Gerais
Procurado pela FOLHA, o comandante do 5º batalhão da PM (Polícia Militar), o tenente coronel Nelson Villa, diz que a PM já vem acompanhando as manifestações políticas que ocorrem na cidade e que não há riscos de prejuízos. "Não fazemos distinção quando há manifestação, independentemente da questão ideológica. Nós iremos fazer o patrulhamento normalmente no local. Por enquanto não houve nenhum incidente. O que vemos é uma manifestação pacífica. A polícia se fará presente no próximo domingo (13), mas não haverá nenhum esquema especial para o local, além do monitoramento."
Procurada a direção do Colégio Heber Soares disse que a coordenação do Enem é de responsabilidade do Inep. Sobre os atos no Tiro de Guerra, funcionários do colégios informaram que, ao menos durante a semana, não têm atrapalhado o andamento das aulas.
ENEM EM LONDRINA
Em todo país nos próximos dois domingos (13 e 20) em Londrina serão aproximadamente 10 mil estudantes inscritos para prestar o Enem em 18 locais. Os portões estarão abertos das 12h às 13h e o início do exame será as 13h30.
A prova será aplicada nos colégios estaduais Vicente Rijo, Marcelino Champagnat, IEEL, Hugo Simas, no centro; Olympia Tormenta, na zona norte; Moraes de Barros e Maria Rosário Castaldi, na zona oeste; Maria José Aguilera e Barão do Rio Branco (zona sul); além da Unopar Catuaí, Unopar Piza, Unicesumar, PUC e Positivo e Colégio Universitário.
Nesta edição de 2022, quase 4 milhões de estudantes estão aptos a fazer os testes. Na prova de linguagens, no dia 13 de novembro, serão 40 questões de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol, além de questões de ciências humanas (45) e da redação. Já no dia 20, os participantes farão as avaliações de matemática (45 questões) e ciências da natureza (45 questões).